Crianças criam posto de recolhimento de pilhas e baterias usadas em Rio Grande
2006-12-01
Os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Mate Amargo tiveram uma iniciativa pioneira na cidade.
Trata-se da criação de um posto de recolhimento de pilhas e baterias que funcionará junto à escola,
localizada na avenida Itália, 1496, bairro Leônidas.
A idéia partiu dos alunos de 5ª série que começaram, inclusive, uma campanha nos bairros próximos à
instituição de ensino. Eles distribuíram panfletos explicativos, mostrando a importância de separar as
pilhas e baterias do lixo convencional, já que estes possuem diversos componentes tóxicos.
Segundo a professora Arlete Corrêa, uma das responsáveis pelo projeto, a escola será um ponto de
recolhimento permanente. A entrega poderá ser feita por toda a comunidade e as pilhas, posteriormente, serão
encaminhadas aos órgãos competentes.
Participam do projeto 84 alunos das três turmas de 5ª série da escola. O horário de recolhimento será o
mesmo da escola: das 8h às 11h30min, das 13h30min às 17h e das 19h às 22h.
As pilhas serão separadas e posteriormente recolhidas pelas indústrias responsáveis pela fabricação. As
pilhas pequenas são colocadas em uma garrafa plástica pet para facilitar o transporte. O projeto é
coordenado pela professora de Ciências, Ana Maria Borghetti e pela professora de Português, Arlete Corrêa.
A idéia partiu do Projeto Agrinho onde era abordado os cuidados que o consumidor consciente deve ter com
seus produtos. Logo após, os alunos trabalharam o assunto em sala de aula quando foi levantada a idéia de
criar um ponto de recolhimento.
Males causados através do contato com as pilhas
As pilhas quando colocadas nos lixões largam componentes tóxicos que acabam contaminando os cursos d'água, o
solo, as águas subterrâneas, os vegetais e animais, atmosfera e o próprio homem.
A entrada dos componentes tóxicos no organismo pode ocorrer de diversas formas: através da ingestão de água
contaminada, de alimentos contaminados, pelo ar e pelo contato com a pele.
Também são diversos os problemas causados pelos produtos tóxicos. Todos os componentes inseridos nas pilhas
afetam o sistema nervoso central, fígado, rins e pulmões; o cádmio é cancerígeno; o mercúrio pode ocasionar
mutações genéticas; o chumbo provoca anemia, debilidade e até paralisia facial.
É válido lembrar que não é recomendável a abertura ou a retirada dos revestimentos das pilhas.
(Por Mônica Caldeira, Jornal Agora, 30/11/2006)
http://www.jornalagora.com.br/site/index.php?caderno=19¬icia=23879