Maior base florestal anima o setor moveleiro
2006-12-01
O aumento da base florestal gaúcha com a chegada de investimentos da Aracruz Celulose, da Stora Enso e da VCP é visto como um alento pelo setor moveleiro, um dos mais prejudicados pelo câmbio desfavorável às exportações. O presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado (Movergs), Luiz Attilio Troes, antecipou ontem (31/11), durante o 5º Encontro da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis, na Fiergs, que existem negociações adiantadas com esses empreendedores para que uma parcela da madeira produzida venha a ser utilizada pelo setor.
Segundo Troes, a produção de madeira para móveis pode ser mais rentável que a celulose. 'Hoje, o setor moveleiro é formado por 3,1 mil empresas, que geram 35 mil empregos diretos e movimentam R$ 372 milhões ao ano. Isso representa 3% do PIB gaúcho', disse. No mês passado, o diretor de Operações da Aracruz, Walter Lídio Nunes, confirmou a possibilidade de a empresa iniciar no RS o fornecimento de madeira ao segmento moveleiro.
O presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Roque Justen, prevê um cenário promissor para o setor de móveis e madeira. Conforme ele, o programa de florestamento distribuirá o plantio de pinus, eucalipto e acácia a 400 municípios. De acordo com o governo do Estado, a taxa de plantio passou de 12 mil hectares/ano, em 2003, para 100 mil hectares este ano. A projeção é atingir uma área total de 1 milhão de hectares, ocupando 3,5% do território estadual.
(Correio do Povo, 01/12/2006)
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