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2006-11-30
O lançamento, no ano que vem, de cinco novos clones de guaraná ajudará a reduzir o volume de áreas desmatadas para o plantio dessa cultura no Estado do Amazonas em até 90%. A pesquisa que trata — entre outras variáveis — da relação causa e efeito entre a clonagem de guaranazeiros e a queda na derrubada florestal vem sendo desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O engenheiro agrônomo Firmino José do Nascimento Filho, doutor em Genética e Melhoramento de Plantas (UFV/MG) e coordenador da pesquisa, ressalta que a redução no desmatamento é somente uma das vantagens dos clones em relação às plantas tradicionais, originadas de sementes. “A redução no tempo de formação da muda, a resistência à antracnose (principal doença que afeta os guaranazais da região) e a produtividade até dez vezes maior do que as tradicionais são outros benefícios”, enfatizou o cientista.

No contexto da queda do desmatamento, o pesquisador faz questão de justificar que a diminuição da derrubada é uma possibilidade no caso da demanda pelo guaraná do Amazonas aumentar exponencialmente. “Os clones de guaraná produzem mais em relação às plantas tradicionais. Por isso, caso a produção necessitasse avançar, menos hectares de florestas seriam derrubados para equilibrar a produção ante a demanda”, explicou, enfatizando, porém, que “a clonagem tem também como objetivo resolver o gargalo atual da produção no Amazonas, que é a antracnose”.

O baixo impacto ambiental resultante do uso de clones na cultura do guaraná é importante ainda por conta dos custos de produtividade. De acordo com Nascimento Filho, em dois anos já se começa a observar produção entre os clones, enquanto que nos plantios provenientes de sementes o tempo para a produção é de quatro anos. “Traz também valor social porque ajuda a fixar o homem no campo, dando alternativa a ele e agregando-o junto à sua comunidade”, complementa o cientista.

Com os cinco novos clones de guaraná que serão apresentados oficialmente no ano que vem pela Embrapa Amazônia Ocidental — após o trâmite burocrático de registro de patente — o Amazonas passará a dispor de 17 tipos de clones, os quais auxiliam no aumento da produtividade e rentabilidade da cultura na região, além de serem redutores natos do desmatamento para o plantio da cultura.

Uma curiosidade ressaltada pelo pesquisador quanto à denominação do conjunto de plantas clonadas de guaraná, as quais serão apresentadas ano que vem pela Embrapa, é referente ao “nome dos clones”. “Vamos dar nomes indígenas em vez de denominações técnicas. Poderá ser Andirá, Maués, Marabitanas ou Aluzéia, e por aí adiante”, disse Nascimento Filho.

Clones mantêm mata em pé
Cada clone criado e plantado mediante inspeção dos pesquisadores da Embrapa significa mais produtividade aos vendedores, em relação aos pés de guaraná que nascem e se reproduzem tradicionalmente.

Isso quer dizer que a clonagem pode produzir mais frutos em uma área menor do que a necessária para plantar caso se tratassem de mudas tradicionais.

Para Nascimento Filho, essa relação, além de ser positiva para os cultivadores, também o é para a natureza e o meio ambiente como um todo. “A contribuição para o meio ambiente é grande. Pode-se produzir 500% mais de frutos em relação às plantas tradicionais, sem a necessidade da derrubada de árvores ou a abertura de clareiras”, sustentou.
(Por Renan Albuquerque, Amazonas Em Tempo, 29/11/2006)
http://www.emtempo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=519&Itemid=28

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