As máquinas da primeira linha de produção da Eco-Diesel do Brasil Indústria e Comércio de Grãos
e Oleaginosas Ltda., que está se instalando na Avenida das Indústrias, chegaram ontem de São Paulo.
A prensa e a extrusora, que custaram R$ 450 mil, já estão no interior do prédio de 720 metros
quadrados e serão utilizadas na transformação de grãos de soja em farelo e óleo cru para fabricação
posterior de biodiesel. O empreendimento, conforme o secretário de Agricultura, Indústria e
Comércio, João Fernandes, é um incentivo à diversificação e um avanço rumo à produção da energia
alternativa.
A partir da chegada dos equipamentos, explica o funcionário da empresa, Carlos Henrique Lopes, as
obras junto ao prédio serão intensificadas para dar início às atividades. A expectativa é de que a
primeira linha entre em funcionamento no início de 2007. "A intenção era de começar ainda este ano,
mas entraves atrapalharam esta previsão", adianta Lopes. Nesta etapa devem ser criados cerca de 12
postos de trabalho. A implantação da segunda linha, que vai dobrar a capacidade da Eco-Diesel,
deve ocorrer no mês de fevereiro. Antes de iniciar o processo de fabricação do biodiesel, a empresa
prevê a disponibilização de quatro linhas e a geração de aproximadamente 40 empregos.
Além da preparação do prédio, cedido pela Administração Municipal, a empresa trabalha na instalação
da balança que será utilizada para pesar a soja trazida pelos agricultores. "A balança custou R$ 45
mil e sua instalação vai consumir mais R$ 40 mil", destaca o funcionário da Eco-Diesel. Ele explica
que após a pesagem, a matéria-prima será levada para uma moega e, com ajuda de um elevador, ficará
estocada em um silo. Antes de passar pelo processo de extrusão e prensa a soja será peneirada. "De
um lado da máquina vai sair o óleo, que será armazenado em tanques para produção do biodiesel, e do
outro o grão prensado, que pode ser vendido a fábricas de rações ou para agricultores", emenda
Lopes.
Investimento>br>
Para tornar a iniciativa viável, a Eco-Diesel deve investir cerca de R$ 2,25 milhões. "Estes
recursos são da própria empresa. A Administração, além do prédio, liberou R$ 80 mil para obras de
infra-estrutura", avisa o secretário de Agricultura, Indústria e Comércio. Fernandes salienta que
além de movimentar a economia através da geração de emprego e renda, o empreendimento será mais
uma opção para incrementar e diversificar o meio rural. "A idéia é utilizar a matéria-prima de
lavouras do Vale do Taquari. Por isso deve ser promovido um trabalho de conscientização para que os
agricultores passem a cultivar soja, já que terão para quem vender sua produção", enfatiza o titular
da pasta. Ele reforça que reuniões com demais secretários de Agricultura da região serão
promovidas a fim de mostrar a importância da iniciativa para todo o Vale.
(Por Simone Wachholz,
Informativo do Vale , 28/11/2006)