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emissões de co2
2006-11-29
Diante de um grande consenso, muitas divergências. Na 12ª Conferência das Partes da Convenção sobre Mudanças Climáticas (COP 12), realizada entre os dias 6 e 18 de novembro, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nairobi, capital do Quênia, ficou clara a urgência de ações diante da inegável mudança climática. Diversas delegações governamentais, numerosos representantes de ONGs e empresas, além de vários estudiosos do tema se reuniram em infindáveis discussões, apresentações e debates, mas muito pouco foi resolvido.

Na COP 12 foram apresentadas algumas propostas, como a brasileira e a russa, mas a demora das negociações e o medo das nações em comprometer o desenvolvimento econômico não permitem muitas esperanças de sucesso. Apesar de se tratar de uma das poucas ações concretas, a apresentação da proposta brasileira, feita no último dia 15 pela Ministra do Meio Ambiente (MMA), Marina Silva, e seu secretário de biodiversidade e florestas, João Paulo Capobianco, na Plenária da ONU, não deu ao Brasil a liderança merecida na condução do tema. Feita de maneira pouco entusiasmada, a proposta é que haja uma política de compensação econômica aos países que protejam suas florestas – geralmente aqueles em desenvolvimento – como o Brasil.

A idéia parte do princípio de que o benefício com o não-desmatamento é compartilhado por todo o mundo, portanto seus gastos também devem ser repartidos. A partir disso, propõem que, voluntariamente, os países industrializados, maiores responsáveis pelo agravamento das mudanças climáticas, destinem recursos para incentivar os países que mantenham suas florestas, como uma política de evitar maiores emissões de CO2. Os mecanismos propostos para efetivar a proposta são controversos, desde a superestimação do voluntarismo de governos até os instrumentos de medição periódica.

O mercado de carbono também foi um tema bastante debatido. Parte do Protocolo de Quioto, o Anexo 1, como é chamado, implica em metas de redução da emissão de carbono, seja pelo aumento de eficiência da produção, pela compra de carbono armazenado (pelo reflorestamento, por exemplo) ou uso de carbono evitado (como a transformação da matriz energética), enfim: esse mecanismo tem gerado um verdadeiro mercado de compra e venda de carbono, representando uma nova área de investimentos.

Uma das grandes críticas feitas à postura do governo brasileiro é seu não comprometimento com as metas de redução das emissões de CO2. Por isso, foi alvo de protestos por parte dos movimentos ambientalistas, como o Greenpeace, e chegou até a receber o prêmio “Fóssil do Dia”, concedido por uma organização de ONGs chamada Rede de Ação Climática, reprovando posições governamentais em relação às políticas de controle de mudanças climáticas. Embora o Brasil, enquanto país em desenvolvimento não tenha a obrigatoriedade de reduzir suas emissões de gás carbônico na atmosfera, ele está entre os dez maiores emissores do planeta, ao lado de EUA, Rússia, Japão, Alemanha e outros. A origem das emissões brasileiras provém, em grande parte, da queimada de florestas, em especial a Amazônia.

Algumas iniciativas, porém, apontam para perspectivas de saídas criativas para a manutenção dos recursos naturais. Exemplo disso foi a presença da queniana Wangari Maathai, única mulher africana a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, em 2004. Seu projeto, Greenbelt Movement, é um trabalho de conscientização ambiental com mulheres que já resultou no plantio de 40 milhões de árvores no continente africano.

O debate sobre as mudanças climáticas, no entanto, está escorado em duas questões de fundo. A primeira delas é o padrão de desenvolvimento da sociedade, tecnicista, e a segunda diz respeito ao modelo de desenvolvimento adotado pela maior parte dos países, que objetiva o crescimento econômico. Ambas freiam o comprometimento de países considerados grandes potências, como os Estados Unidos, e emergentes, como a China e o próprio Brasil, com o Protocolo de Quioto, e deverá ser reconsiderado em 2008, quando está prevista a reformulação desse acordo internacional.
(Observatório do Clima/Comciencia, 29/11/2006)
http://www.carbonobrasil.com/noticias.asp?iNoticia=16346&iTipo=5&idioma=1

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