Dois anos depois de sua implantação na Metade Sul do estado, o programa Poupança Florestal da Votorantim Celulose e Papel (VCP) atinge 380 produtores e 6,5 mil hectares plantados, do mês de janeiro até o dia 20 deste mês. A expectativa até o final do ano é de que outros 1.120 hectares estejam concluídos, conta satisfeito o engenheiro florestal e coordenador do programa, Mauro Rianni. “A meta, que era de cinco mil hectares por ano, já foi superada”, diz.

Deste total, mil hectares se referem a eucalipto consorciado com culturas anuais como milho, feijão, melancia e abóbora, financiados pela Votorantim. A modalidade, denominada agrossilvicultura, envolve pequenos produtores e assentados da região. A semente é fornecida pela empresa aos produtores.

O programa envolve agricultores de 27 municípios, com destaque para os municípios de Piratini, Caçapava e Canguçu, nos plantios de milho e feijão. Outros 300 hectares são cultivados com recursos dos produtores. A área média cultivada com agrossilvicultura em assentamentos e pequenas propriedades é de até dez hectares.

Além do financiamento com juro pré-estabelecido de 9% ao ano e a garantia de compra de 95% da madeira com o mesmo percentual de reajuste, o grande diferencial do programa é o treinamento. Realizado pela Emater no Centro Regional de Qualificação Profissional de Produtores Rurais de Canguçu (Cetac), representa uma grande contribuição para o agricultor e também para o meio ambiente. Nele, são abordados desde conhecimentos básicos sobre a água, o solo e a legislação até a execução das atividades de implantação da floresta. Das 30 horas/aula, 50% são dedicadas ao manejo.
(Luciara Schneid, Diário Popular, 28/11/2006)
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