Anunciada em dezembro de 2005, a construção de um prédio para desafogar o trânsito e garantir a segurança de alunos no entorno do Colégio Rosário, na Capital, não começou. A demora se deve a modificações no projeto original a partir de reivindicações dos moradores da região, segundo a arquiteta Vivianne Canani, da Traço Associados, empresa responsável.
O edifício de sete andares motivou o rebaixamento da Irmão José Otão, finalizado em março. O projeto do novo prédio, que abrigará salas de aula, praça de alimentação e estacionamento, foi aprovado pelas secretarias municipais do Planejamento e de Obras e Viação (SMP e Smov) e depende da liberação de outros órgãos, segundo o administrador do patrimônio da Província Marista, mantenedora do Colégio Rosário, Ademir Ogliari.
- A documentação deve passar por novas etapas, como a avaliação do Departamento Municipal de Água e Esgoto - diz Vivianne.
Ela explica que houve a diminuição de um andar e o aumento na distância entre os prédios e o novo edifício, conforme pediram os moradores em reuniões que contaram com a participação de, pelo menos, cinco condomínios vizinhos à escola. Nos encontros, engenheiros e arquitetos esclareceram o projeto e a comunidade deveria autorizar o uso de parte de seu subsolo para sustentar a construção. Não houve consenso entre a vizinhança, mas isso não impede a obra.
Mesmo com as modificações, moradores temem o impacto da construção. O síndico do edifício número 573 da Barros Cassal, Joaquim Luiz Abreu Povoas, receia que os prédios possam ter suas estruturas abaladas. Pessoas que vivem em prédios da via de fundos para o pátio da escola acreditam que a obra afetará a ventilação e a iluminação de suas residências. Os responsáveis garantem que a obra está de acordo com o Plano Diretor.
(Zero Hora, 27/11/2006)