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2006-11-24
Não há previsão de uma grande estiagem. Os prognósticos climáticos para a próxima safra, no entanto, apontam para chuvas abaixo da média em janeiro e fevereiro. Em um Estado que perdeu mais da metade da safra de verão em 2004/2005 e tem sido abalado por secas, a notícia causa preocupação.

- Essas chuvas abaixo da média são um problema, porque é um período do ano em que Rio Grande do Sul tem já estiagens regionalizadas, má distribuição de chuvas - alerta o meteorologista Leandro Puchalski, da Central de Meteorologia da RBS.

Se confirmados os prognósticos do Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), a falta de água deve ser mais sentida na Metade Sul e na Fronteira Oeste. A região Norte, grande produtora de grãos, pode ser atingida em menor intensidade.

- A seca não deve ser tão intensa. Não se espera uma estiagem como a de 2005 - observa Solismar Prestes, chefe do 8º Distrito de Meteorologia.

- Existe o risco de estiagens regionalizadas, de 12 a 15 dias - complementa Vlamir da Silva Júnior, meteorologista da Somar Meteorologia.

A previsão para dezembro é de chuvas acima da média. O agrônomo da Emater Dulphe Pinheiro Machado Neto explica que isso é bom tanto para os grãos de sequeiro quanto para o arroz, beneficiado pelo enchimento das barragens. Quanto ao prognóstico de pouca chuva em janeiro, Machado Neto avalia que, se acontecer, não abalará o milho plantado cedo nem o feijão da primeira safra.

Até agora, os produtores não têm do que se queixar do clima. Após a chuva do último final de semana, o agricultor Aselio Schaefer, de Cruz Alta, retirou as máquinas dos galpões para finalizar o plantio dos 350 hectares de soja de sua propriedade. Segundo Schaefer, essa última precipitação voltou a deixar a terra úmida, condição adequada para o plantio.

- Por enquanto o tempo está excelente para a planta. A esperança é que ele se mantenha a nosso favor durante toda a safra. O momento mais crítico para a lavoura de soja é em fevereiro e no início de março - destaca Schaefer.

Na última safra, o produtor obteve bom rendimento na lavoura, colhendo 46 sacas de 60 quilos por hectare. Mas em 2005, quando o Estado inteiro sofreu com a estiagem, Schaefer teve rendimento de apenas oito sacas em cada hectare. Na época, os institutos não previram a grande seca. Agora, contam que estão mais preparados. A UFPEL desenvolveu um novo modelo, usado desde 2005, que não leva em conta apenas a formação ou não dos fenômenos El Niño e La Niña.

- Desenvolvemos um modelo próprio, que tem apresentado bons resultados. Temos de 60% a 70% de chance de acerto - explica o meteorologista Gilberto Diniz, da UFPEL.

Mês a mês
Os prognósticos dos institutos de meteorologia para o Rio Grande do Sul: Dezembro: chuvas pouco acima da média no centro e no norte do Estado e dentro da média no sul Janeiro: chuvas pouco abaixo da média no centro e norte, abaixo da média no sul e dentro da média no extremo norte
Fevereiro: chuvas pouco abaixo da média no sul do Estado e dentro da média nas demais regiões Fontes: CPPMet, Central RBS de Meteorologia e 8º Distrito de Meteorologia
O que é
O El Niño é um fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico. Quando isso ocorre, a tendência é de chuvas acima do normal no Estado. Os efeitos são mais sentidos na primavera e no outono.
Neste ano, o El Niño está se manifestando de forma moderada, o que seria bom para a lavoura gaúcha. Mas, como seu efeito não é tão sentido no verão e a tendência de redução da temperatura das águas do Atlântico levam a previsões de menos chuvas, o fenômeno não deve provocar chuvas acima da média em janeiro e fevereiro.
(Por Sebastião Ribeiro, Zero Hora, 24/11/2006)

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