CTNBio pede mais esclarecimentos para votar comercialização de milho transgênico
2006-11-24
O pedido de liberação de comercialização do milho transgênico Libert Link, feito pela empresa Bayer CropScience, não foi aprovado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) na tarde de ontem (23/11).
Depois de dois dias de reunião, sem consenso, os 21 membros presentes pediram mais esclarecimentos à empresa. Houve nove pareceres favoráveis à liberação e um contra. Os outros 11 membros não se pronunciaram publicamente. O parecer não tem poder de voto.
O pedido foi aprovado pelos integrantes que representam os setores de saúde humana e animal. Já os das áreas vegetal e ambiental resolveram enviar três perguntas à empresa. Mais 40 questões foram feitas, três delas em nome da Comissão e as outras em nome dos membros. Se a Bayer CropScience conseguir responder a todas as questões, a Comissão voltará a se reunir para deliberar sobre o processo.
Segundo a assessoria da CTNBio, a previsão é de que a votação ocorra na segunda quinzena de dezembro, durante a última reunião formal do ano.
Para aprovar processos de comercialização de variedades transgênicas são necessários 18 votos. A sessão de votação deve ter um quórum de 14 integrantes. No total, a CTNBio têm 27 membros distribuídos em quatro subcomissões: a de saúde humana, a de saúde animal, a da área vegetal e a da área ambiental.
Na última terça-feira (21/11), a organização ambientalista Greenpeace realizou protestos contra a aprovação da venda do milho transgênico. Em documento enviado à CTNBio, argumentou que “a quantidade de resíduo de agrotóxico no milho transgênico é muito maior que a registrada no milho convencional, e também os riscos à saúde e ao meio ambiente, da nova variedade, ainda não conhecidos”.
(Por Juliane Sacerdote, Agência Brasil, 23/11/2006)
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2006/11/23/materia.2006-11-23.6365193838/view