A Secretaria de Agricultura e Abastecimento Seaab) realiza o Projeto
Cinturão Verde, que prevê aumentar a área verde da cidade. A iniciativa,
em conjunto com as pastas de Planejamento e de Obras e Serviços Urbanos,
ocorre por etapas. A primeira delas é o reflorestamento dos quase 17
hectares do Parque Professor Theobaldo Dick, considerado um espaço de
preservação da natureza e de incentivo ao lazer. No total serão plantadas
cerca de três mil árvores de diferentes espécies. Entre elas, nativas,
frutíferas, exóticas, arbustos, folhas e flores, a maioria produzida no
Horto Florestal. Cinqüenta por cento do planejado já foi plantado. Mas
como a vegetação leva tempo para crescer, o objetivo de transformar o
local em uma grande área verde com diversos pontos de sombra será
alcançado em alguns anos.
Segundo o titular da pasta de Agricultura e Abastecimento, Enio Hepp, o
parque é o pulmão da cidade. "Esperamos fornecer mais oxigênio para a
população." Mas afirma que as pessoas não devem esquecer que se trata de
trabalho gradativo. O projeto prevê a plantação em ruas e avenidas, e sua
realização ocorre conforme a necessidade. "Em alguns locais precisamos
extrair árvores que prejudicam e até destroem calçadas e ali implantamos
outras adequadas", comenta. Ele garante que todos os dias se planta em
Lajeado. Deu como exemplos as flores colocadas ontem para enfeitar a
Avenida Alberto Pasqualini. E na próxima semana a plantação de murtas de
cheiro, que cercarão o Colégio Gustavo Adolfo, em São Cristóvão.
Para o arquiteto responsável pelo projeto, João Alberto Fluck, Lajeado é
privilegiada por possuir tantas áreas verdes e a prefeitura está buscando
dar um tratamento especial a todas elas. Mas ressalta a importância da
conscientização da população. "Falta iniciativa e preservação do que já
foi feito."
A engenheira agrônoma Anelise Bohn diz que as espécies escolhidas para o
parque são aquelas de maior deficiência na cidade e com importância
ambiental e ecológica. "Espécies são plantadas em grupos para garantir sua
sobrevivência. E a grande diversidade favorece a fauna, pois atrai muitas
aves." Ela garante que assim que as árvores de porte diferenciado - altas,
médias e baixas - crescerem, vão satisfazer aos usuários do parque,
garantindo sombra ou sol nos locais adequados.
(Por Daniela Garavini,
Infomativo do Vale,
22/11/2006)