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2006-11-23
Quarenta milhões de pessoas vivem na bacia do Rio Zambeze, que atravessa oito países da África austral que procuram dividir igualmente seus benefícios. Representantes dos oito governos estão reunidos ontem e hoje em Windhoek, capital da Namíbia, para examinar desafios de vida ou morte da bacia, com suas secas e inundações, o acesso à água limpa e seu uso eficiente e equitativo, por exemplo, para a geração de eletricidade. Os delegados dos ministérios de Meio Ambiente, organizações não-governamentais, instituições comunitárias e empresas, bem como especialistas, discutem estratégias de desenvolvimento e manejo dos recursos da Bacia do Zambeze, que, presume-se, são imensos.

A boa administração de suas águas e de seus tributários é, segundo especialista, a chave para alcançar o primeiro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas: reduzir pela metade a proporção da população que sofre pobreza e fome. Mas os países deverão antes superar a disparidade de interesses em torno do rio, cuja bacia é a quarta da África. A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral convocou a conferência com a premissa de que a utilização eqüitativa e sustentável dos recursos compartilhados da bacia do Zambeze permitirá aos países ribeirinhos elevar seu nível de desenvolvimento.

O maior desafio para Angola, Botswana, Namíbia, Malawi, Moçambique, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue, as nações banhadas pelo rio, é a integração dos interesses das comunidades e dos países da bacia, por isso se procura a participação de todos os interessados. Com esse objetivo, foram convocados representantes governamentais, lideres tradicionais e organizações comunitárias. A instância mais importante de participação no âmbito local são os Comitês Diretivos Nacionais, que canalizam suas contribuições para um órgão de coordenação entre os países. A existência destes comitês também permite a convocação de reuniões periódicas, bilaterais ou multilaterais, para tratar problemas concretos.

Outro desafio é a criação de uma estratégia comum de administração integrada dos recursos hídricos, que promova um desenvolvimento coordenado e a administração de água, terra e outros recursos vinculados. O objetivo é maximizar o potencial bem-estar econômico e social de forma eqüitativa sem comprometer a sustentabilidade de ecossistemas vitais. “A palavra-chave da estratégia é integrado”, destacou o especialista em recursos hídricos da coordenação Jefter Kuziwa Sakupwanya.

“Essa estratégia integra elementos que não foram considerados antes, como os usuários rio abaixo, a utilização da terra, os aspectos humanos e o impacto nos recursos. Também reconhece que a água subterrânea e a da superfície estão inexoravelmente conectadas”, acrescentou Sakupwanya. Com uma proteção igualitária e eficiente dos recursos e do meio ambiente como principais pilares, a estratégia cobre amplos aspectos, desde a proteção contra inundações e secas até a tomada de decisões sobre equilíbrio de gênero e doenças que afetam especialmente a região, com ao aids. Estes problemas incidem em todos os níveis da sociedade, desde as famílias até os governos.

O tratamento conjunto das questões da bacia implica iniciativas que vão desde planos de economia de água em nível familiar até investimentos multimilionários em represas hidrelétricas. “Um bom manejo dos recursos hídricos significa apreciar todos os elementos”, disse Sakupwanya à IPS. Também lembrou que é difícil garantir que o contexto comunitário integre o conceito por trás da estratégia de administração integrada. “Para as pessoas que trabalham em diferentes setores, é fácil ver as vantagens da estratégia. Em nível da população não há consciência de seus benefícios”, ressaltou o especialista.

Sakupwanya sugeriu um enfoque paralelo: o desenvolvimento de políticas combinadas com ações locais, como facilitar o acesso à água à comunidade que, por exemplo, deseja construir pequenos sistemas de irrigação. “Para envolver as pessoas é preciso dar-lhes iniciativas”, afirmou. A conferência oferece uma plataforma para compartilhar experiências, melhores práticas e necessidades, além de ser a oportunidade para a consolidação de redes.
(Por Thessa Bos, IPS, 22/11/2006)
http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=24946&edt=1

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