A China vai construir uma das maiores centrais de energia solar do mundo, na cidade de Dunhuang, na província de Gansu, informou a agência noticiosa oficial Nova China. A central terá uma capacidade de cem megawats, custará 765 milhões de dólares (596,3 milhões de euros) e a sua construção terminará dentro de cinco anos.

A central energética será desenvolvida em conjunto entre o município de Dunhuang e a empresa Zhonghao New Energy. Com uma área total de 31.200 metros quadrados, a cidade de Dunhuang recebe 3362 horas de sol por ano e é, por isso, uma das melhores áreas do país para o desenvolvimento de energia solar. A maior estação de energia solar do mundo localiza-se em Leipzig, na Alemanha, e tem uma capacidade de cinco megawats distribuídos por 33.500 painéis solares.

O anúncio da construção da central chinesa segue-se ao plano que a Austrália divulgou no mês passado para a construção de uma central energética solar com uma capacidade de 154 megawats, que o construtor diz que poderá reduzir em cerca de 400 mil toneladas a emissão de gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global.

A China é actualmente o segundo maior emissor mundial de gases com efeito estufa, a seguir aos Estados Unidos, uma vez que cerca de 70 por cento da energia eléctrica chinesa tem origem na combustão de combustíveis fósseis. As previsões apontam para um crescimento das emissões chinesas na ordem dos 17,8 por cento até 2025, devido em grande parte ao ritmo de entrada em funcionamento de novas centrais energética a carvão — uma por semana.

O governo chinês definiu como objectivo político para 2020 que as energias renováveis deverão ter um peso de 16 por cento na estrutura energética do país e que, nos próximos quatro anos, deverá aumentar a eficiência energética em 20 por cento por unidade de Produto Interno Bruto produzida.
(Lusa, 21/11/2006)
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1277300