Respiração do solo sob florestas e pastagens na Amazônia Sul-Ocidental, Acre
2006-11-22
Tipo de trabalho: Tese de Doutorao
Instituição: Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA/USP)
Ano: 2003
Autor: Cleber Ibraim Salimon
Contato: clebsal@cena.usp.br
Resumo:
A conversão de florestas em pastagens e seu subseqüente abandono tem ocorrido por toda Amazônia, e embora exista muita pesquisa sobre as conseqüências desta mudança de cobertura do solo, ainda existem muitas perguntas sobre os processos biogeoquímicos associados a estas mudanças. Neste estudo, nós avaliamos os efeitos da mudança de cobertura sobre a respiração do solo em pastagens e florestas secundárias e intactas próximo de Rio Branco, Acre. Utilizou-se o método de câmaras dinâmicas associadas com analisador de gás por infravermelho. As folhas de gramíneas dentro dos anéis de medida nas pastagens foram responsáveis por cerca de 50% do fluxo durante a estação chuvosa, mas na estação seca, sua influência pode ser confundida com a variabilidade entre os anéis de medida. Os maiores fluxos de CO2 são observados em pastagens e não em florestas, mesmo se descontado o efeito das folhas em pastagens. As maiores amplitudes de variação sazonal também foi observada em pastagens. Devido aos maiores fluxos em pastagens, o fluxo anual de CO2 do solo para atmosfera foi 20% maior em pastagens em comparação com as florestas. A respiração heterotrófica é similar em pastagens e florestas secundárias e intactas, mostrando que a respiração autotrófica é responsável pelos altos fluxos de CO2 em pastagens . O ?13C do CO2 de origem heterotrófica em pastagem foi de -15‰, demonstrando que os microrganismos do solo se alimentam principalmente de matéria orgânica originado da pastagem.