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2006-11-22
Cadeiras, mesas, floreiras, balanços, camas. Todos esses móveis podem ser fabricados com pneus usados, moldados com furadeiras, pregos, alicates, facas, torqueses e arame. Depois pintados com tinta especial. Quem ensina a técnica é o artesão Rubem Machry, gaúcho de Três Passos residente em Canarana (MT), a um grupo de cinco beneficiados pelo programa Bolsa Família. O curso gratuito começou segunda-feira (20/11) e ocorre até sexta-feira (24/11), no Salão Centenário, ao lado da Igreja Matriz Santo Inácio. A iniciativa é da Secretaria Municipal do Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sthas), em parceria com o governo federal e a Organização Não-Governamental (ONG) Vida Amiga.

Conforme o titular da Sthas, Delmar Portz, o objetivo da ação é ensinar a pescar, em vez de dar o peixe. "As pessoas vão aproveitar um material que iria para o lixo, poluindo o meio ambiente", diz. Em nove horas por dia, os alunos aprendem a técnica de transformar os pneus e ainda ganham almoço e vale-transporte. Segundo o secretário, a intenção é que os beneficiários do Bolsa Família obtenham renda própria e sejam desligados do programa.

A diretora executiva da ONG Vida Amiga, Adines Ferreira, explica que o Projeto Recicla Pneu não é apenas um trabalho ambiental, mas também de desenvolvimento sustentável. O presidente da organização, Rodrigo Reckziegel, revela que a Vida Amiga vai acompanhar os novos artesãos, ajudando-os a vender os móveis de pneus. "Trabalhamos com tecnologia social, unindo questões ambientais, sociais e econômicas e apresentando soluções nessas áreas", destaca.

O instrutor Machry afirmou segunda-feira que os aprendizes já estarão fabricando cadeiras sozinhos. Ele trabalha há 23 anos com reciclagem de pneus, mas somente em março de 2002 fez a primeira cadeira. Atualmente fabrica 21 modelos de móveis, mas vai ensinar cinco para os lajeadenses. "Pneu velho é assustador - um amontoado de lixo. Mas vamos transformar isso em móveis", declara.

Machry, que estudou até a 4ª série do Ensino Fundamental, fabrica os móveis, vende-os e ministra cursos sobre sua técnica. Ele costuma comercializar sua produção na região do Vale do Araguaia e seus principais compradores são os turistas. Outros locais onde divulga seu trabalho são as feiras, os postos da polícia rodoviária e hotéis. Na Expovale o artesão faturou R$ 1,8 mil com a venda de seus móveis. Ele conta que no Mato Grosso, devido às distâncias, maiores do que no Sul, vende um jogo de mesa e quatro cadeiras por R$ 300. Em Lajeado ele cobrou R$ 250 por jogo.

Família aposta na nova atividade
Os irmãos Marta Rejane Bispo Kehl (42), Elizabeth Bispo Gomes (51) e Marco Antônio Bispo (38), todos moradores do Bairro Conservas, depositam muita esperança na possibilidade de aprender a fabricar móveis com pneus e com isso aumentar sua renda.

Marta já é artesã - trabalha com crochê e pintura em tecido - e também pinta paredes. Ela recebe R$ 15 por mês do Bolsa Família e mora com a filha de 14 anos e o filho de 19, que trabalha e estuda. A família não paga aluguel - reside em uma pequena casa de madeira, própria. "Este curso é uma grande oportunidade para nós. Nosso sonho é formar uma cooperativa de artesãos que trabalham com pneus", diz Marta, que é presidente do clube de mães do bairro onde reside. Ela revela que há muita gente desempregada no Conservas e que pretende repassar o que aprender a outros moradores da comunidade.

Elizabeth recebe R$ 95 mensais do Bolsa Família, mora com um filho (que trabalha como "chapa") e dois netos. Ela é viúva e começou recentemente a trabalhar com confecção de fuxicos, a partir dos quais produz jogos para banheiro. "Tenho muita esperança de conquistar uma boa renda a partir deste curso."

Marco Antônio é casado e mora com uma filha de 8 anos e dois enteados, de 18 e 20 anos. Ele ainda não recebe o Bolsa Família, apenas encaminhou os documentos necessários. Desempregado, trabalha como "chapa". Sua mulher também está desempregada, mas recebe uma pequena pensão do ex-marido. "O curso é uma oportunidade de trabalhar e ganhar um dinheiro extra."
(Por Adreane Becker, Informativo do Vale, 21/11/2006)

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