Ibama e Polícia Militar Ambiental apertam o cerco contra comerciantes ilegais de fauna no DF
2006-11-21
Pelo terceiro domingo consecutivo deste mês, o Ibama, em operação conjunta com a Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal, deflagrou ontem, 19, operação de fiscalização a comerciantes ilegais de produtos e subprodutos de fauna em pontos tradicionais de venda do Distrito Federal.
Um grupo de 30 pessoas, entre servidores do Ibama (Ibama/DF e Dipro) e policiais militares ambientais do DF realizou fiscalizações na ‘Feira do Rolo’ de Ceilândia, na Feira da Samambaia e na Torre de Televisão. Também foi vistoriado o Clube dos Criadores de Pássaros de Brasília, entidade legalizada perante o Ibama localizada no Guará.
Durante a operação policiais agiram descaracterizados a fim de efetuar o flagrante. Foram autuadas oito pessoas por infringirem o Artigo 29 da Lei dos Crimes Ambientais - nº 9.605 de 12/02/98, num total de R$ 10 mil. Sete pessoas foram conduzidas a delegacias da Polícia Civil em Ceilândia e no Guará para lavratura de Termo Circunstanciado.
Os crimes tipicados foram expor à venda, guardar ou transportar animais da fauna silvestre brasileira ou subprodutos de fauna sem licença. Foram apreendidos 11 pássaros, sendo quatro papas-capim, quatro coleirinhas e três curiós.
Criadouros
Mesmo em criadouros de pássaros legalizados perante o Ibama foram constatadas irregularidades. Alguns criadores registrados no Clube dos Criadores de Pássaros de Brasília foram autuados por não apresentarem documentação da origem das aves. Em outros casos, os pássaros não possuíam anilhas (aros identificadores) ou as espécies eram diferentes das declaradas no Sistema de Cadastro de Criadores Amadoristas de Passariformes (SISPASS) do Ibama.
Apesar dos flagrantes os coordenadores da operação perceberam uma redução na quantidade de comerciantes ilegais de animais nos locais fiscalizados. “Pretendemos dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido em parceria com a Polícia Militar Ambiental até quem cessem as atividades ilegais ligadas a esse tipo de crime ambiental”, reforça Roberto Cabral, coordenador de fiscalização de fauna da Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama.
(Por Kézia Macedo, Ibama, 20/11/2006)
http://www.ibama.gov.br/novo_ibama/paginas/materia.php?id_arq=4694