Um olhar panorâmico sobre a gelada Finlândia ajuda a entender por que o Rio Grande do Sul atrai o interesse dos
grandes produtores de celulose do mundo.
O país de 5,5 milhões de habitantes, que tem 50% de seu PIB extraído das florestas, é um contraste com as
excepcionais condições climáticas oferecidas pelo território gaúcho para o desenvolvimento do eucalipto, árvore
usada para a fabricação da celulose de fibra curta, a que mais se expande no mundo.
A Stora Enso, empresa de origem sueco-filandesa e uma das três que já optaram pela a instalação de uma fábrica
de celulose no Rio Grande do Sul, confirma que o eucalipto plantado na Metade Sul oferece condições de
desenvolvimento exclusivas: em até sete anos já é possível fazer a colheita. Nas florestas escandinavas, uma
árvore leva entre 50 a 80 anos para atingir o ponto de corte, confirma Perti Laine, vice-presidente sênior da
Federação das Indústrias Florestais da Finlândia.
Assim, o tabuleiro dos fabricantes se move inevitavelmente para os países emergentes: Brasil, Rússia e China. O
interesse pelo potencial chinês só não ultrapassou ao brasileiro porque as terras do país asiático são açoitadas vez
por outra pela passagem de furacões.
Segundo Eija Pitkanen, vice-presidente de sustentabilidade e comunicação a Stora Enso, o Rio Grande do Sul é
prioridade para a empresa. A Store Enso sustenta que o projeto previsto contemplará as exigências internacionais
relativas ao cuidado com o ambiente, a exemplo do que ocorre na Finlândia país que, depois de pesados investidos
em tecnologia, dá exemplo de sustentabilidade.
Lúcia Ritzel viajou para a Finlândia a convite da Stora Enso
Saiba mais
A Stora Enso tem capacidade de produção anual de 16,4 milhões de toneladas de papel em 40 países onde atua.
(Por Lúcia Ritzel,
Zero Hora, 21/11/2006)