Taim recebe proteção contra incêndio
2006-11-17
A Estação Ecológica do Taim receberá, nos próximos dias, 14 brigadistas de
incêndio, que vão atuar por seis meses para proteger a reserva mais importante do
Rio Grande do Sul. A chegada do verão e a expectativa de uma estação seca e muito
quente favorecem nova situação de estiagem e, em conseqüência, ocorrência de
incêndios.
O trabalho da equipe será de prevenir e monitorar os 110 mil hectares, que reúnem
as mais variadas espécies. Nesta época, por exemplo, começam a chegar aves
migratórias de outros estados brasileiros, do Hemisfério Norte e da América do
Sul, que deixam o cenário ainda mais bonito.
Apesar de o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), em Brasília, monitorar por satélite a Estação Ecológica do Taim, é
necessário observar in loco toda a área, que no verão se torna risco potencial de
incêndios, observou o administrador da reserva, Amauri Sena Mota. Em dezembro de
2004, cerca de 250 hectares foram atingidos por incêndio e a conclusão é de que
tenham sido provocados pela estiagem e ventos fortes.
AVES MIGRATÓRIAS
Conforme Mota, o colorido especial do Taim atualmente fica por conta de
colhereiros, aves de cor rosa, chamadas assim por terem o bico em forma de colher.
Muitas pessoas as confundem com flamingos, mas estes podem ser encontrados em
maior número na Lagoa do Peixe, situada em Tavares. No Taim poucos são vistos.
Junto com os colhereiros chegam à Estação o cabeça-seca, oriundo do Pantanal; e
vários pássaros pequenos, como mochileiro, príncipe, andorinhas e tesourinhas. Os
“hóspedes” oriundos do Hemisfério Norte são o maçarico, o acanelado e o plurialis.
As aves que migram de estados brasileiros vêm para o Sul para procriação, já as do
Hemisfério Norte chegam em busca de alimento.
(Por Tânia Cabistany, Diário
Popular, 16/11/2006)
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