Estiagem no Alto Uruguai prejudica municípios da região
2006-11-16
A escassez de chuva no Alto Uruguai já traz reflexos negativos a municípios da região. A Prefeitura de Marcelino Ramos, a 50 quilômetros de Erechim, projeta perda de R$ 310 mil na arrecadação. A exemplo de Mariano Moro, o município receberá menos dinheiro pelos royalties calculados, considerando a área alagada e a comercialização de energia da Usina Hidrelétrica Itá.
O secretário de Administração e Finanças de Marcelino Ramos, Juliano Zuanazzi, explica que, de janeiro a 31 de outubro, o município recebeu pouco mais de R$ 351,6 mil, contra R$ R$ 535,8 mil no mesmo período do ano passado, uma redução de 34%. Números da prefeitura indicam que houve decréscimo de 27% em 2006 na comparação com 2004, ano em que a estiagem também castigou a região. Apesar da quebra, Zuanazzi garante que a folha e o 13º do funcionalismo estão assegurados, assim como os serviços básicos e o pagamento de fornecedores.
Em Barra do Rio Azul, a falta de água em propriedades rurais volta a preocupar a prefeitura, após trégua de uma semana no fornecimento para outras localidades. As chuvas de 50 milímetros no dia 6 permitiram a interrupção no transporte de água, mas a partir de segunda-feira o serviço teve de ser retomado. O secretário municipal da Agricultura, Flávio Pan, contabiliza o transporte de 30 mil litros por dia. Cinco famílias das Linhas Pinhão, Paloma e Vanzzetto não têm mais água para abastecer as criações de aves, de suínos e de gado. Afluente do rio Uruguai, o rio Palomas está quase 2 metros abaixo do seu nível normal. Em Aratiba, o lago da barragem de Itá se encontra cerca de 6 metros abaixo do nível normal - o maior déficit dos últimos anos. O mesmo acontece na Linha Sarandi, que apresenta o menor volume desde a inauguração da usina em 2000.
(Correio do Povo, 15/11/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp