Segundo um artigo do Governo Britânico, publicado no dia 8 de novembro durante a Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a concentração atual de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera é de 430 ppm (partes por milhão) e está aumentando rapidamente.

Dos 23 tipos de gases de efeito estufa, o CO2 é o que mais contribui para as mudanças climáticas. O artigo do Governo Britânico também alerta que o total dos custos e riscos das alterações climáticas será equivalente à perda anual de até 20% do PIB global e, em contraste, o custo da redução das emissões de CO2 poderá ser limitada anualmente a cerca de 1% do PIB global.

Se as emissões de CO2 passarem de 550 ppm, as mudanças climáticas criarão riscos incontornáveis para a economia mundial, numa escala similar àquelas associadas com as duas Grandes Guerras (1918 e 1945) e a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929. Os custos poderão passar de quinze trilhões de Reais.

As alterações climáticas afetarão os elementos básicos da vida das pessoas no mundo todo, comprometendo o acesso à água, a produção de alimentos, a saúde pública e o meio ambiente. Centenas de milhões de pessoas sofrerão de fome, de falta de água e de inundações costeiras, à medida que o mundo vai aquecendo.

Resumindo, para cada cem Reais que recebermos nos próximos vinte anos, poderemos pagar um Real para reduzir as emissões de CO2 ou pagar até vinte Reais para tentar sobreviver às mudanças climáticas. É uma escolha simples. Bastam agirmos depressa, antes que passemos do último ponto de retorno.
(Por Carlos Aranha, BN Design Ambiental, 13/11/2006)
http://www.carbonobrasil.com/noticias.asp?iNoticia=16080&iTipo=5&idioma=1