Interessados em licenciamento para a criação comercial de animais silvestres e exóticos, antes de fazer qualquer investimento na infra-estrutura para o negócio, devem procurar orientações específicas. Para o analista ambiental do Núcleo de Fauna do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/RS), Sergei Weschenfelder, o mercado poderá se mostrar restritivo às novas ofertas de carnes exóticas, cujo valor final está acima da média. Além disso, o Ibama alerta que faltam matadouros habilitados. Para comercializar esse tipo de carne para outros estados, o frigorífico tem de passar por inspeção sanitária federal.

O analista ambiental do Núcleo de Fauna do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Sergei Weschenfelder, explica que a falta de matadouros habilitados resulta em criadouros sem manutenção e em animais silvestres doentes e com risco de fuga, o que é ilegal e pode resultar em multa. Sergei alertou que estes animais dispersos causam desequilíbrio ecológico, já que espalham doenças e competem com a fauna nativa. Estão proibidos novos criadouros. O analista diz que, seja por soltura proposital ou inadequação dos criadouros, o Rio Grande do Sul enfrenta problemas com os javalis, como a destruição de plantações.
(Correio do Povo, 12/11/2006)
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