No noroeste do Estado, é pela ação do branco que o problema se repete. O corte
indiscriminado de árvores é realidade na Reserva do Guarita, a maior do RS, com 23,4 mil
hectares e mais de 7 mil índios.
Na tentativa de flagrar a situação, o Ministério Público Federal solicitou um estudo à
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O professor Pedro Roberto Madruga usou imagens
digitais de satélite para avaliar a cobertura florestal, e as primeiras análises trouxeram
uma surpresa positiva: cerca de 500 hectares, antes cultivados com soja, estão sendo
retomados pela vegetação.
- Depois da demarcação, muitas áreas de lavoura foram abandonadas, e a natureza está se
regenerando - salienta Madruga.
Mas o estudo da UFSM não é conclusivo. Como as imagens não conseguem captar áreas
inferiores a meio hectare, está sendo feito um inventário completo das espécies para
quantificar a situação.
(
Zero Hora, 09/11/2006)