O ministro das Cidades, Márcio Fortes, defendeu ontem (7/11) a inclusão dos gastos em saneamento nos Projetos Prioritários de Investimento (PPI). Essa seria uma forma de evitar que os recursos orçamentários do saneamento sejam bloqueados, disse o ministro, durante o Seminário Internacional Regionalização e Gestão Associada de Serviços Públicos de Saneamento Básico,

Fortes explicou que, como o PPI é um projeto de natureza econômica, é necessário que sejam definidos os gastos e a expectativa de retorno financeiro, o que torna difícil a inclusão do saneamento no PPI.

“Temos que passar um pente fino na metodologia para saber como pode ser mensurado cientificamente o retorno financeiro, o que já sabemos de maneira empírica. Sabemos que o investimento em saneamento tem repercussão para o bem-estar da população”, disse o ministro.

Ele afirmou ainda que a falta de investimentos em saneamento reduz a capacidade produtiva do país, uma vez que mais pessoas ficam doentes, recorrem ao sistema de saúde e deixam de trabalhar e estudar. “Talvez a gente possa investir mais em saneamento e reduzir os gastos com saúde”, acrescentou.

Márcio Fortes defendeu também a aprovação do projeto de Lei do Saneamento (PL 7.361) na Câmara dos Deputados. O projeto, já aprovado pelo Senado, visa destravar investimentos, uma vez que a lei fixa regras para o setor. Entretanto, a pauta da casa está trancada por dez medidas provisórias. Somente no final de deste mês, é que os líderes partidários devem definir se o projeto entra na pauta de prioridades de votação deste ano.
(Por Kelly Oliveira, Agência Brasil, 07/11/2006)
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2006/11/07/materia.2006-11-07.8952291822/view