Vazamentos químicos têm feito parte do dia a dia dos chineses. Isso, quando
eles conseguem ser informados do problema – o governo determina que, em
casos emergenciais (como esse tipo de acidente), apenas as versões oficiais
dos fatos possam ser divulgadas. Um dos mais novos desastres, ocorrido em 26
de outubro, chega agora aos nossos ouvidos ocidentais: um caminhão capotou
no norte do país derramando 33 toneladas de óleo tóxico em um rio que
fornece água para 28 mil pessoas. Segundo o jornal americano Washington
Post, os habitantes da região estão com as torneiras secas. A maioria dos
rios na China, diz a reportagem, sofrem com poluição doméstica e da
agricultura. O governo prometeu há alguns meses investir 125 bilhões de
dólares até 2010 no combate ao problema.
Este não é o último desastre ambiental a tomar parte em terras chinesas.
Nesta quarta-feira, cerca de 20 mil pessoas precisaram evacuar suas casas
depois que 10 toneladas de amônia vazaram de uma fábrica de fertilizantes na
província de Anhui, sul de Pequim. Um trabalhador morreu e seis pessoas
ficaram doentes devido ao contato com a substância que se espalhou pelo ar
com ajuda da névoa e ventos. Bombeiros atiram água ao local para diluir a
toxina. Mas, também segundo o Washinton Post, essa água escorre para o rio
Huanhe, que corre risco de ser contaminado.
(
OEco.Net, 3/11/2006)