Prefeitura de Porto Alegre orienta carroceiros e acolhe cavalos, que recebem cuidados de veterinários
2006-11-06
A prefeitura não deixa desamparados os cavalos que sofrem constantes maus-tratos dos carroceiros em Porto Alegre. Uma área de
26 hectares, situada na localidade de Lajeado, extremo sul da Capital, serve há anos para acolher os animais apreendidos por
serem maltratados ou por estarem atrapalhando o trânsito da cidade.
O local é um serviço gerido pela EPTC. Cavalos e éguas mal alimentados, esgotados por serem obrigados a transportar excesso
de carga e escoriados por puxar carroças e charretes sem equipamentos corretos ou por serem espancados, são levados a essa
área. Lá, os animais são tratados por veterinários credenciados na prefeitura. Recebem cuidados necessários antes de serem
devolvidos aos donos ou de irem a leilão no final de cada ano. Atualmente, 16 dos mais de 4,8 mil cavalos e éguas de cerca de
4 mil carroças de Porto Alegre estão em atendimento. Segundo José Roque Kunrath, responsável pela fiscalização pertinente aos
veículos de tração animal, por determinação judicial, a EPTC deve ser a fiel depositária dos animais recolhidos por
maus-tratos. A apreensão começa com a denúncia através do número 118 ou nas blitze feitas pela fiscalização da EPTC,
normalmente em conjunto com o Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BABM). Caso comprovados os maus-tratos, é feito pelos
PMs um boletim de ocorrência ambiental e enviado ao Ministério Público. Além de passar por aulas de reciclagem, o carroceiro
está sujeito a prestar serviços comunitários.
Conforme Kunrath, a EPTC realiza trabalho preventivo e de conscientização junto aos carroceiros, quanto às formas de trafegar
pela cidade e quanto a cuidados em relação aos cavalos. "Eles prejudicam a visibilidade de motoristas e podem provocar
acidentes", disse Kunrath.
(Correio do Povo, 05/11/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp