Porto Alegre participa de mobilização mundial contra mudanças climáticas
2006-11-01
Neste sábado, dia 4 de novembro, o Núcleo Amigos da Terra/Brasil e o
Greenpeace realizam atividades, no Parque Farroupilha, em Porto Alegre, para marcar o Dia Mundial Contra as Mudanças Climáticas.
As duas ONGs estarão em frente ao Monumento do Expedicionário distribuindo panfletos de educação ambiental na tentativa de conscientizar a população do seu importante papel para uma ação efetiva contra as mudanças climáticas.
Mais de 45 países ao redor do mundo estarão promovendo mobilizações contra as mudanças climáticas neste dia. Ações como caminhadas, passeios de bicicletas, palestras e manifestações terão como objetivo alertar a população do que está acontecendo e o que pode acontecer se nada for feito.
E também pressionar as lideranças mundiais que estarão reunidas na próxima semana na cidade de Nairobi, no Quênia, na Convenção de Clima da ONU - COP12 – e Reunião do Protocolo de Kyoto – COP MOP 2 – para que realizem uma ação urgente para deter as mudanças climáticas. “Este é um problema mundial que requer vontade política internacional e ações locais. É necessária uma ação imediata por parte dos governos e uma mudança de atitude da população para que se reduzam as chances de uma catástrofe climática”, destaca a ativista da Campanha de Clima do Núcleo Amigos da Terra/Brasil, Carolina Herrmann.
Pesquisas recentes mostram que os padrões de temperatura e chuvas, antes regulares, estão mudando, tornando-se menos previsíveis e, freqüentemente, mais intensos. Isso se reflete também no número de furacões e tempestades tropicais registrados ultimamente. Só no ano passado, ocorreram no planeta 26 tempestades tropicais e 14 furacões, a mais ativa e destrutiva estação de furacões da história já documentada.
O Brasil é o quarto emissor mundial de gases de efeito estufa. Em março de
2004, o Furacão Catarina surpreendeu a costa sul do Brasil e deixou mais de
33.000 pessoas desabrigadas. As perdas econômicas para o país foram de cerca de 1 bilhão de reais. “Apesar da incerteza científica sobre o assunto,
existe um consenso forte de que o aquecimento global, provavelmente,
aumentará a intensidade dos furacões, como o Catarina, que traumatizou a
população do sul de Santa Catarina e do Litoral Norte do Rio Grande do Sul”, afirma Carolina.
(Núcleo Amigos da Terra, 31/10/2006)