Peixes do rio dos Sinos agonizam em trecho de 6 quilômetros
2006-10-31
A situação ainda é dramática no Rio dos Sinos, 23 dias após o desastre ambiental que matou mais de um milhão
de peixes. Com níveis de oxigênio próximos a zero e baixa vazão das águas, os peixes agonizam num trecho de
6 km entre Sapucaia do Sul e São Leopoldo, onde a concentração de resíduos é maior. Na manhã de ontem (30/10),
cardumes avançavam lentamente junto à superfície, enquanto outros se agitavam nas margens para respirar. As
bóias de contenção instaladas no leito do rio, no bairro Carioca, em Sapucaia, retiveram mais peixes mortos.
O diretor técnico da Fepam, Jackson Müller, informou que a semana começou com índice de 0,8 miligrama de
oxigênio por litro de água (mg/L), quando o normal seria acima de 6 mg/L. Segundo ele, a chuva fraca
registrada no Vale do Sinos na sexta-feira acabou gerando problemas, ao deixar escorrer resíduos tóxicos e
esgoto doméstico depositados nos arroios que deságuam no rio. Os equipamentos para melhorar a oxigenação da
água permanecem em funcionamento no leito do rio e outros ainda podem vir a ser instalados. Como medida
emergencial, o Comando Ambiental da Brigada Militar utiliza lanchas para agitar a água nos trechos críticos.
(Correio do Povo, 31/10/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp