Inglaterra abre caminho para países não-Kyoto entrarem no mercado de carbono
2006-10-31
A Inglaterra abriu um caminho para que companhias em países não-Kyoto participem no mercado global de carbono através do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, anunciou o Ministro britânico de Mudanças Climáticas, Ian Pearson, na sexta-feira em Beijing. Pearson disse durante o ‘Carbon Expo Asia’ que a Inglaterra aprovaria a participação de entidades fora do país em projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), após várias companhias sediadas no exterior terem expressado interesse em participar do MDL, mas não podiam através dos seus próprios países.
A decisão significa que companhias fora da Inglaterra poderão participar do mercado de carbono do país, criando uma oportunidade para que esquemas de comércio locais sejam conectados através do MDL. Pearson também aprovou os dois primeiros projetos sob o novo acordo, os quais reduzirão emissões na China em cerca de 109.922 toneladas de dióxido de carbono equivalente por ano entre 2006 e 2012.
O Ministro disse: “Estou particularmente satisfeito que esta decisão permitirá que companhias de países não-Kyoto participem no mercado global de carbono através do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo...Sob as atuais regras, companhias em lugares como a Califórnia (a sexta maior economia mundial) não tem como participar no mercado global de emissões, e apoiar os projetos de MDL em economias em desenvolvimento.”
“A Inglaterra está preenchendo este espaço. Estamos fornecendo uma maneira para que partes não-Kyoto entrem na arena internacional de negociação de carbono.”
Pearson disse que a decisão foi resultado da representação de várias companhias do exterior.
“Como somos o centro emergente do mercado internacional de carbono, com 26% dos projetos registrados de MDL envolvendo participantes britânicos, não é uma surpresa que estas companhias tenham recorrido à Inglaterra para fornecer uma maneira para participar no mercado global.”
“Isto irá fortalecer o papel de líder da Cidade em financiar o mercado global de carbono, o qual deve valer $40.2 bilhões até o final da década.”
Pearson ainda comentou que estava satisfeito em aprovar os dois primeiros projetos sob o novo acordo durante a Carbon Expo em Beijing.
“Neste caso, a Climate Change Capital tinha um fundo, sediado em Luxemburgo, que queria participar de um projeto de MDL na China,” disse ele.
“O fundo recebeu a aprovação da China sob a condição que a Inglaterra também aprovasse a sua participação. Nossa decisão de aprovar a participação de entidades fora da Inglaterra significa que estes projetos podem continuar em frente, liderando para economizar mais de 100.000 toneladas de dióxido de carbono equivalente a cada ano.”
Department for Enviornment Food and Rural Affairs News Release (461/06) publicado por The Government News Network em 27 de Outubro de 2006
(CarbonoBrasil, com informações de DEFRA, 30/10/2006)
http://www.carbonobrasil.com/noticias.asp?iNoticia=15811&iTipo=7&idioma=1