WWF pede negociações rápidas sobre o clima
emissões de co2
2006-10-31
O WWF - Fundo Mundial para a Natureza pediu às delegações dos 198 países que se reunirão na Cúpula Mundial do Clima em novembro, em Nairóbi, que acelerem as negociações para aprovar um documento que substitua o Protocolo de Kyoto sobre a redução do efeito estufa.
De acordo com a organização ecologista, o Relatório Stern, do Governo britânico, que adverte que as conseqüências serão irreversíveis se não forem adotadas medidas urgentes para inverter os piores efeitos do aquecimento do planeta, é um alerta que requer ação.
"Não há desculpas para adiar as iniciativas. O relatório menciona o quanto custará ao mundo se não forem aceleradas as medidas a esse respeito, que devem ser concretizadas agora mesmo", afirmou, em comunicado, o diretor do programa de mudança climática do WWF, Hans Verolme.
De acordo com as conclusões do alto funcionário do governo britânico Nicholas Stern, apresentadas em Londres, a falta de iniciativa neste âmbito custará à economia mundial entre 5% e 20% do Produto Interno Bruto, enquanto reduzir as emissões de CO2 agora representaria apenas 1% do PIB.
No entanto, segundo o WWF, a economia mundial não será a única que receberá um "duro golpe" devido às conseqüências do fenômeno; "os pobres do planeta serão os que mais sofrerão pelas secas e outros desastres naturais provocados pela mudança climática".
Por isso, a organização pediu aos representantes governamentais que se reunirão em Nairóbi que garantam que os países menos desenvolvidos possam ter acesso aos fundos que já foram comprometidos para financiar mecanismos contra os impactos da mudança climática.
Além disso, Verolme afirmou que "a União Européia deve demonstrar que sua autoproclamada liderança neste âmbito vai além das palavras", e que "a Comissão Européia deve assegurar que o mecanismo europeu de troca de emissões começará finalmente a reduzi-las".
"Com liderança política e trabalho conjunto podemos fazer com que as emissões globais se reduzam nos próximos 10 a 15 anos. Não é a falta de soluções que está nos paralisando", acrescentou.
(Efe, 31/10/2006)
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