(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-10-30
Especialistas em segurança da British Petroleum advertiram seus chefes do potencial de um “incidente de maiores proporções” dois anos e meio antes de uma explosão da companhia na refinaria do Texas, a qual matou 15 pessoas, segundo um relatório divulgado no final da semana passada.

O programa 60 Minutos, da CBS, também relatou, no Domingo (29/10), que o diretor da refinaria da cidade do Texas, Don Parus, disse aos seus chefes, na sede da BP, em Londres, que a maioria dos trabalhadores da planta estavam em condições inseguras.

Segundo a CBS, um trabalhador escreveru que "Este local está acionado para uma falha catastrófica”.

O alto executivo da refinaria da BP, John Manzoni, disse, sob juramento, que ele não sabia das sérias preocupações de segurança até a explosão. “Eles não fizeram muito”, disse Brent Coon, advogado representante de várias vítimas que estão processando a BP. "Dois meses mais tarde, a planta explodiu".

Outras 170 pessoas ficaram feridas na explosão a cerca de 65 quilômetros a sudeste de Houston. A explosão ocorreu quando sensores de falha não advertiram sobre a conjunção de vapores perto de uma unidade de isomerização, o que espalhou o nível de octano na gasolina. Os vapores entraram em ignição quando a unidade foi acionada.

O Comitê de Investigação de Segurança e Riscos Químicos, uma das várias agências que investigou a explosão, concluiu que a unidade tinha um histórico de problemas e não estava ligada a um sistema de flare que queima vapor e que poderia ter prevenido ou minimizado o acidente.

Coon disse que ele irá argüir, na Corte, que, devido a falhas na atualização dos flares, ou ao uso de velhos flares, a companhia colocou vidas em risco.

Muitos familiares de vítimas chegaram a acordos, mas Eva Rowe disse que quer que a BP vá a julgamento, pois assim muitos aspectos do caso irão se tornar públicos. Os pais de Rowe, James e Linda Rowe, morreram.

"Para a BP, meus pais eram apenas um número", disse Rowe, em entrevista no programa 60 Minutos. "Para eles, [meus pais] são substituíveis. Para mim, eles não eram somente um número. Eram alguém."

O caso de Rowe contra a PB está agendado para ir a julgamento na semana que vem em Galveston. Oficiais da BP referiram-se ao programa "60 Minutos" sobre a explosão, o qual concluiu que “não havia evidências de ninguém conscientemente ou intencionalmente adotando ações ou decisões que colocassem os outros em risco". A companhia também enviou uma carta dizendo que, "a BP aceita a responsabilidade pela explosão e pelo incêndio na refinaria do Texas. Estamos profundamente tistes pelo que ocorreu”.

O chefe de governo dos oficiais que investigaram as explosões disse que era possível prevenir o acidente. "Os problemas que existiam na BP da cidade do Texas não eram nem momentâneos nem superficiais. Eles eram profundamente relacionados a operações que negaram e ficaram cegas para o risco que não foi dirigido a ninguém na organização”, disse Carolyn Merritt, nomeada pelo presidente George W. Bush para liderar o Comitê Norte-americano de Segurança Química, o qual realizou uma investigação de 18 meses sobre o que ocorreu na cidade do Texas. Ela disse que três peças de equipamentos deveria ter sido reparadas, mas não foram e que a gerência da BP sabia sobre as falhas nos equipamentos antes de autorizar o início de operações de risco na planta.

A refinaria necessitou de melhorias quando a BP a adquiriu, oito anos atrás, mas gerentes da BP, ao invés de fazer as melhorias, cortaram orçamento, disse Merritt. Esses cortes resultaram em perda de pessoal chave e em equipamentos, afirmou.

"Nossa investigação mostrou que houve um erro dramático", disse Merritt. Antes da explosão, a BP aumentou gastos na planta, mas Parus disse que eles eram insuficientes e tardios.
(Canadian Press, 29/10/2006)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -