O Diário Oficial de sexta-feira (27/10) publicou decreto de situação de emergência, do governador Germano Rigotto, em toda a área das bacias hidrográficas dos rios dos Sinos e Gravataí, tendo em vista a persistência dos efeitos da poluição em ambos, provocada por resíduos líquidos efluentes de atividade industrial e por esgoto doméstico.

A decisão do governador Rigotto foi tomada também em função da Portaria nO 087/2006 da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), que reduziu em 30% a vazão licenciada de todas as atividades industriais situadas na sub-bacia do Arroio Portão, e das 86 toneladas de peixes mortos no início de outubro. Considerou ainda os baixos níveis de oxigênio registrados em vários pontos do rio dos Sinos, afetando consideravelmente a fauna nativa. Pelo decreto, ficam atingidos os seguintes municípios: Araricá, Alvorada, Canoas, Cachoeirinha, Esteio, Gravataí, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Santo Antônio da Patrulha, Rolante, Campo Bom, Igrejinha, Santa Maria do Herval, Canela, Ivoti, Nova Hartz, São Francisco de Paula, Capela Santana, Nova Santa Rita, Caraá, São Sebastião do Caí, Dois Irmãos, Osório, Sapiranga, Estância Velha, Parobé, Portão, Porto Alegre, Taquara, Gramado, Riozinho, Três Coroas e Viamão.

Durante o dia de ontem ocorreram novos casos isolados de mortandade de peixes no Rio dos Sinos. Cinco guarnições do Batalhão Ambiental da Brigada Militar percorram o rio. As equipes avaliaram a situação e recolheram material, além de auxiliar na aeração das águas. Foram remanejados os compressores e aeradores de ar, agora instalados na localidade de Humaitá, em São Leopoldo, na Areeira, em Esteio, e ainda no Pesqueiro e no Passo do Carioca, localizados em Sapucaia do Sul. Com a areação da água, as medidas do oxigênio dissolvido nas águas, feitas pelos técnicos da Fepam, foram de zero mg/L a jusante do arroio Portão, de 2,4mg/L na BR 116 e de 2,6mg/L na Casa de Bombas Gauchinha.

O Batalhão Ambiental da BM continuará realizando as vistorias no percurso dos dois rios, buscando sinais de degradação ambiental.
(Correio do Povo, 28/10/2006)
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