Quatro meses depois da estréia do biodiesel nos postos gaúchos, todas as regiões do Rio
Grande do Sul contam com o novo combustível.
Dos 650 pontos da rede da Petrobras, mais de 300 oferecem bombas com o óleo diesel
misturado com 2% de biocombustível.
Até o final do ano, a totalidade dos estabelecimentos da rede que vendem diesel deverá ser
atingida, conforme o gerente de postos da Petrobras Distribuidora no Rio Grande do Sul,
José Otávio Alves de Souza. A negociação do produto no Brasil começou no ano passado em
Belém (PA) e antecipou a legislação federal. Pela lei, a partir de 2008 todo o óleo diesel
produzido no país deverá conter 2% de biodiesel. Obtido a partir de óleos vegetais
extraídos de plantas como a mamona, o girassol e a soja, o biocombustível é menos poluente.
No Estado, o produto é à base de óleo de soja e vem de São Paulo.
- Vendemos 40 milhões de litros de diesel por mês no Estado. Metade deste produto está
saindo com 2% de biodiesel - explica Souza.
Cooperativas já abrem mão do diesel tradicional
O gerente diz que os postos estão reivindicando o produto novo. As seis revendas da
Cooperativa Agropecuária Alto Uruguai (Cotrimaio) utilizam o combustível desde o dia 29 de
setembro. A empresa, de Três de Maio, optou por não negociar mais o diesel tradicional. Não
houve alteração nos preços. São abastecidos com o produto todos os veículos movidos a óleo
diesel, de caminhão a máquinas agrícolas.
- Nossa região é agrícola. Optamos pelo biodiesel por ser produzido com soja e girassol -
diz o supervisor de combustíveis da rede de postos da Cotrimaio, Oscar Cassol.
Em Santo Ângelo, o agricultor Delto Sangaletti, abasteceu pela primeira vez seu caminhão,
no Posto Tiaraju, esta semana:
- Espero que fique mais barato, mais compensador.
(Por Silvana Castro,
Zero Hora, 29/10/2006)