Prédio abandonado do Engenho serve de cemitério para animais em Montenegro
2006-10-29
O combate ao mau trato aos animais é o que move a Associação Montenegrina dos Guardiões dos
Animais (Amoga). Segundo a voluntária Luiza Kimura, muitos bichinhos, em sua maioria cães, são
sacrificados no prédio abandonado do antigo Engenho de Arroz. Nos últimos dias, foi retirada
uma cadelinha viva do buraco. "Hoje, ela está numa casa, recebendo cuidados. Amarraram um fio
no pescoço e na perna dela. A perna está quebrada, mas nossas veterinárias estão tratando
disso", diz Luiza.
Esses crimes vêm acontecendo há aproximadamente três meses. Moradores próximos também informam
a Amoga de animais de estimação roubados. "Já encontramos animais mortos com coleira, mas eles
já estavam em um estado impossível de serem identificados", lamenta.
Os grandes aliados da Associação são os bombeiros. "Eles também nem poderiam fazer isso,
porque não podem se responsabilizar pelo animal. Então, eles me ligam e eu vou buscar".
Vizinhos que ouvem o latido dos cães também avisam à Amoga. "Às vezes, eu vou lá só para
chorar", diz a jovem, afirmando que, na maioria dos casos, o animal já está morto.
Não bastasse esse tipo de violência, Luiza diz que já foi visto animal sofrendo abuso sexual
de pessoas no prédio. Uma ajuda já foi pedida à Prefeitura e ao Ministério Público, mas os
órgãos necessitam de autorização para fechar os buracos. Quem quiser adotar um animal, ou
informar algum tipo de mau trato, pode ligar para o telefone 8119. 0082.
A Amoga apela ao bom senso das pessoas para que este tipo de crime não se repita.
(Por Kelly Marcondes, Jornal Ibiá, 27/10/2006)
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