LIXÃO DE SÃO GONÇALO (RJ) DESAFIA AUTORIDADES LOCAIS
2001-10-17
A vida no vazadouro de São Gonçalo (RJ) é uma imagem dos lixões que se multiplicam pelo Brasil e representam um dos maiores desafios dos administradores municipais. Entre os catadores locais é grande o índice de verminose, pneumonia, brinquite e outras doenças respiratórias. Doenças de pele são tão comuns quanto os acidentes, pois as pessoas estão descalças ou com simples sandálias e sem luvas. Problemas intestinais decorrem do aproveitamento, nem sempre higiênico, dos restos que chegam de feiras e supermercados. O tempo de vida útil do lixão de São Gonçalo já acabou. Está em andamento um aterro sanitário, por conta do programa de Despoluição da Baía de Guanabara, que entre outros projetos, visa recuperar manguezais afetados pelo depósito, devido ao chorume, o líquido tóxico produzido pela decomposição do lixo orgânico, e que contamina as águas da baía. Segundo o secretário municipal de São Gonçalo, engenheiro civil Mário Edson Guimarães, a construção da usina de reciclagem, ao lado do lixão, é de responsabilidade do governo estadual, que a repassará ao município, assim que concluída. (Ecologia/14, setembro)