O projeto Sacola Permanente, de Joinville (SC), que visa substituir as sacolas plásticas das padarias por uma permanente de pano ou de outros materiais que não prejudiquem o meio ambiente, acaba de ganhar o 3º Prêmio da Fundação Getúlio Vargas de Responsabilidade Social no Varejo. O prêmio será entregue hoje (26/10), ao Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria de Joinville durante o 4º Seminário de Responsabilidade Social no Varejo, que acontece em São Paulo.

Elaborado pela Sociedade Educacional Santo Antônio e pela Associação dos Moradores e Amigo do Bairro Iririú de Joinville (Amabi) em 2004, o projeto foi apoiado por panificadoras e confeitarias da cidade. Isso provocou uma mudança de hábito no consumidor que, ao sair de casa para comprar pão, passou a levar uma sacola de pano, vime ou papelão para colocar o produto. Essa atitude eliminou, consideravelmente, o uso de sacolas plásticas. Não há um número oficial, mas, como exemplo, há a Confeitaria Semente da Terra, de Joinville, onde houve uma diminuição de 35% no uso de sacolas plásticas. "O projeto está se expandindo dia-a-dia. Outras lojas também estão se aderindo. Acreditamos que a mudança de hábito deve levar cerca de 10 anos", afirma a presidente do Sindicato de Joinville, Roseli Steiner Hang.

O Sindicato apoiou o projeto com o objetivo de conscientizar e reeducar a sociedade sobre o impacto que causa ao meio ambiente o excesso de resíduos plásticos (o tempo de decomposição de uma sacola plástica é de até 400 anos). Na cidade de Joinville, o consumidor, ao levar a sacola de pano, ganha, como incentivo, um desconto no pão ou no leite. O Projeto Sacola Permanente é inédito no Brasil. O desafio agora é colocar a idéia do projeto em prática também em outras cidades do país.
(Envolverde, 25/10/2006)
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