Sulgás mantém projetos para o gás natural no Rio Grande do Sul
gás natural no RS
2006-10-26
Mesmo com as negociações complicadas entre Bolívia e Brasil, a Companhia de
Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) não acredita em redução no
fornecimento de gás natural para o Estado e vai manter todos os projetos em
andamento.
O secretário de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Elmer Brack,
informa que a Sulgás, ligada à sua pasta, não pode interromper nenhum plano
enquanto os dois países não concluírem as conversações que definirão preços
para o gás natural boliviano. “Acompanhamos as conversações com interesse,
mas a nós cabe ouvir e esperar. Mesmo com o prazo final estabelecido para o
dia 28 de outubro para a assinatura de novos contratos, acreditamos que
haverá prorrogação para que a questão seja resolvida com tranqüilidade e com
benefícios para os dois lados.” O presidente da estatal, Edivilson Meurer
Brum, aposta em entendimento para que não haja descontinuidade nos projetos
da empresa.
A Sulgás mantém atualmente as seguintes obras de ampliação da rede:
Ramal de Igrejinha – investimento de R$ 5,3 milhões para extensão da rede de
9,5 km e atendimento dos clientes Schincariol e Posto Alles Blau;
Anel de Porto Alegre – investimento de R$ 1,5 milhão na conclusão, com a
finalidade de melhorar a estrutura logística e operacional;
Ramal para o Bairro Menino Deus – investimento de R$ 2 milhões, com o
objetivo de proporcionar a expansão para estabelecimentos comerciais e de
serviços e postos de combustíveis, entre eles o Estádio Beira Rio e o
Hospital Mãe de Deus;
Expansão da malha de distribuição urbana – investimento de R$ 2,4 milhões,
com o objetivo de incluir extensão da distribuição de gás no Bairro Moinhos
de Vento e novas áreas residenciais da cidade.
A Sulgás atende municípios da região Metropolina (Porto Alegre,
Cachoeirinha, Canoas, Charqueadas, Eldorado do Sul, Esteio, Gravataí, São
Leopoldo, Sapucaia do Sul, Triunfo), Serra (Bento Gonçalves, Carlos Barbosa,
Caxias do Sul, Farroupilha), Vale do Paranhana (Igrejinha), cidades
atentidas com Gás Natural Comprimido (GNC) transportado por caminhões –
Osório, Lajeado, Cambará do Sul; Fronteira Oeste (Uruguaiana). Só Uruguaiana
é abastecida com gás argentino.
O Gás Natural Veicular (GNV), uma das utilidades do gás boliviano, continua
em franca expansão. Hoje, há 35 postos em operação, 38 postos contratados,
15 em negociação. São quatro regiões atendidas – Metropolitana, Serra,
Litoral e Vale do Taquari – e 13 municípios – Porto Alegre, Canoas, São
Leopoldo, Cachoeirinha, Gravataí, Sapucaia do Sul, Esteio, Caxias do Sul,
Garibaldi, Farroupilha, Igrejinha, Osório e Lajeado.
O número de veículos adaptados no Estado hoje é de 30 mil ou 1% da frota
gaúcha. O número de empresas instaladoras da aparelhagem para adaptação de
gás natural é de 50.
Geração alta assegura energia para os dias quentes no Rio Grande do Sul
A onda de calor prevista para os próximos dias não ameaça o fornecimento de
energia elétrica dos gaúchos. De acordo com dados do Boletim Diário de
Operação do Sistema Eletro- Energético, o Rio Grande do Sul vem atingindo
uma geração média de cerca de 70% do seu consumo. Conforme Brack, na terça
feira (24) o Estado gerou 2248,9 Megawatts médios, o equivalente a 69 % do
consumo de energia. “Com isso, a importação do Sistema Interligado Nacional
ficou em 1.000.9 MW médios, o equivalente a 30,8% da demanda”, informa.
Brack explica ainda que Passo Real, principal reservatório do Estado, está
com 68% do volume útil. Os demais reservatórios encontram-se com cerca de
70% do nível de abastecimento. Este índice está aproximadamente 40% acima da
curva de aversão ao risco, ou seja, acima do limite de geração do
reservatório. O nível de risco dos reservatórios para garantir o
abastecimento de energia é de 30%. “Isto significa que temos folga nos
reservatórios e estamos preparados para um possível aumento repentino no
consumo de energia”, explica.
Somente no Rio Grande do Sul, foram consumidos ontem 3250 MWmédios. A média
do consumo de energia no Estado, durante o mês de outubro, é de 2892 MW
médios.
(Por Carolina Becker, da Secretaria de Minas e Energia do RS,
25/10/2006)
Chuvas poderão diminuir ainda mais oxigênio no rio dos Sinos
O secretario estadual do Meio Ambiente, Claudio Dilda, informa que a Sema está monitorando
a queda de possíveis chuvas no Estado, nos próximos dias, através dos principais sites de
meteorologia.
Conforme Dilda, as chuvas poderão gerar problemas de oxigenação para os peixes no rio dos
Sinos. “Existe muito material sedimentado nas calhas dos arroios que afluem no rio dos Sinos
e esse material, possivelmente, será corroído de uma vez só para as águas, podendo diminuir,
drasticamente, a concentração de oxigênio dissolvido no rio”, alerta Claudio Dilda.
Para que seja evitada mais mortandade de peixes, a Defesa Civil está coordenando uma
força-tarefa, que providencia uma forte logística com procedimentos a serem tomados em uma
possível emergência.
(Secretaria de Energia, Minas e Comunicações do RS, 25/10/2006)
http://www.semc.rs.gov.br/