Compromisso chinês com redução de CO2 é pouco provável
2006-10-26
A China dificilmente estará preparada para assinar compromissos para a redução de emissões poluentes em 2012, quando começa a segunda fase do Protocolo de Kyoto, disse um integrante do Ministério de Ciência e Tecnologia do país. "É improvável que a China adote o mesmo modelo que os países desenvolvidos após 2012. Não é realista fazer esse tipo de compromisso", disse Lu Xuedu, subdiretor do Escritório do Meio Ambiente do Ministério.
No Protocolo de Kyoto, aprovado por 156 países, e que entrou em vigor em 2005, as 38 nações industrializadas se comprometeram a reduzir suas emissões de seis gases causadores do efeito estufa em uma média de 5,2% em relação aos níveis de 1990, durante o período 2008-2012. Embora os países em desenvolvimento não sejam obrigados a diminuir suas emissões, muitos consideram que grandes nações como China, Índia e Brasil deveriam assumir compromissos na segunda fase, a partir de 2012.
Mas Lu ressaltou que, apesar do enorme crescimento de uma parte da China, a faixa ocidental do país continua sendo subdesenvolvida, com milhões de pessoas que vivem em condições de pobreza, e cerca de 50 milhões ou 60 milhões que não têm acesso à eletricidade.
Na quinta-feira e na sexta-feira, mais de 800 representantes de governos, empresas e organizações sociais se reúnem em Pequim para analisar o mercado de emissões, no qual países e empresas pagam pelo direito de emitir determinados volumes de gases poluentes. No evento, o Banco Mundial apresentará seu relatório anual sobre as tendências neste mercado, um dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) estabelecidos em Kyoto.
(EFE, 25/10/2006)
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