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2006-10-25
I Fórum de Líderes em Sustentabilidade será realizado a partir de hoje na capital paulista. O comprometimento das empresas com ações socioambientais gera cada vez mais ganhos que extrapolam os benefícios da maior preservação da natureza e melhora nos padrões sociais.

São Paulo, 25 de Outubro de 2006 - I Fórum de Líderes em Sustentabilidade será realizado a partir de hoje na capital paulista. O comprometimento das empresas com ações socioambientais gera cada vez mais ganhos que extrapolam os benefícios da maior preservação da natureza e melhora nos padrões sociais. "Atualmente, as empresas têm incentivos para investir nessa área além do que exige a legislação", diz Rogério Gollo, sócio da PricewaterhouseCoopers, ressaltando que os investimentos em sustentabilidade podem reverter-se em ganhos que nunca foram pensados há alguns anos.

"Quando as empresas utilizam combustíveis menos poluentes em suas frotas de veículos, por exemplo, além de preservar o meio ambiente, podem ter uma receita advinda dos créditos de carbono", exemplifica.

Na avaliação do presidente da IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional, Ingo Plöger, empresas que operam de forma sustentável estão construindo uma trajetória de desenvolvimento consistente no longo prazo. Hoje em dia, observa, há uma cobrança crescente da sociedade pelo respeito ao meio ambiente e às questões sociais. Desta forma, empresas que não adotam uma postura responsável nesses aspectos podem até obter ganhos de curto prazo maiores, mas, ao mesmo tempo, estão criando contingências ou perdendo oportunidades futuras, conclui.

"Além dos benefícios sociais e ambientais gerados por este tipo de iniciativa, a empresa também fortalece sua imagem, com reflexos do ponto de vista comercial", completa o diretor de Comunicação Corporativa da Bunge, Adalgiso Telles. A Bunge mantém vários projetos socioambientais que incluem programas nas áreas de educação, saúde e auxílio aos produtores rurais de sua cadeia de suprimentos para conservação do meio ambiente.

"Percebemos que cada vez mais a postura das empresas nessa área constitui-se como fator de diferenciação no mercado" diz Telles, observando que principalmente em mercados como o europeu, onde exigências em relação à atuação socioambiental dos produtores de bens e serviços são muito grandes.

Princípios do Equador
Segundo Plöger, os Princípios do Equador - que estabelecem parâmetros sociais e ambientais para a concessão de financiamentos pelas instituições financeiras - desempenham um papel fundamental na elevação dos níveis de sustentabilidade. A opinião é compartilhada por Rogério Gollo.

"Hoje, todo financiamento que envolve algum órgão multilateral como o Banco Mundial, tem um componente social. Essa prática já é utilizada por grandes bancos no País e está se estendendo para as instituições de médio porte", diz Gollo.

O Bradesco, por exemplo, aderiu aos Princípios do Equador desde 2004 e faz avaliação bastante positiva dos resultados. "A adoção desses princípios pelos bancos certamente incentiva as empresas a agirem com maior responsabilidade socioambiental", aponta Domingos de Abreu, diretor executivo do Bradesco, ressaltando o baixo índice de recusa de projetos pelo não atendimento dos critérios exigidos.

Ele observa também que as instituições financeiras podem ter mais garantias com este tipo de financiamento, que não corre riscos como a paralisação de obras por descumprimento da legislação ambiental.

O papel do Estado
Plöger destaca ainda a função dos governos como agentes no processo de desenvolvimento sustentável. "As autoridades governamentais têm a missão de preservar o meio ambiente e melhorar os indicadores sociais. Ao mesmo tempo, devem viabilizar os projetos da iniciativa privada", diz.

O investimento em educação também é fundamental para a elevação dos níveis de sustentabilidade, segundo Plöger, para quem a melhora da qualificação dá aos trabalhadores condições de aumentar seus rendimentos, com conseqüente redução da pobreza. Além disso, pessoas mais educadas desenvolvem consciência crítica enquanto cidadãos e consumidores, aumentando a pressão sobre empresas e governos para que atuem de maneira sustentável. "O maior esforço, principalmente no Brasil, é realizar ações visando o longo prazo. A consciência educacional e de valores dos cidadãos é que vai determinar o País que seremos daqui a 20 anos", conclui.

Forum de Sustentabilidade
O tema sustentabilidade reunirá representantes de governos, empresas e instituições no I Fórum de Líderes em Sustentabilidade, que acontecerá na ExpoSustentat, em São Paulo, nos dias 25 a 27 de outubro. O evento é organizado pela IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional, e abordará os aspectos econômicos, sociais e ambientais da sustentabilidade, como inovação tecnológica, biocombustíves, créditos de carbono, Princípios do Equador e educação.
(Por Nanci Santana, Gazeta Mercantil, 25/10/2006)

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