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2006-10-25
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) começa a definir na próxima sexta-feira (27/10) qual é o real risco de racionamento de energia no País. O novo cenário será desenhado a partir da redução do volume de energia assegurada no sistema elétrico nacional, com a retirada das térmicas sem gás para funcionar. Segundo simulações do mercado, a medida pode elevar o risco de déficit muito acima dos 5% aceitos pelo sistema, atingindo 25% no Sudeste em 2007. Para 2008, chegaria a 50%.

O primeiro reflexo, segundo especialistas, é a alta do custo da energia no curto prazo, acompanhando o aumento do risco de desabastecimento. Isto é, com menos usinas, a construção ou operação de geradores mais caros se torna necessária. “A Aneel está tomando a atitude correta, porque, se há falta de gás, isso precisa estar contabilizado nos dados sobre a segurança do sistema”, avalia o professor Edmar Almeida, do Instituto de Economia da UFRJ.

Na opinião de Almeida, a situação atual remete ao período anterior ao racionamento de 2001, quando o governo contava em seus dados com um volume de energia que não poderia ser entregue pelo parque gerador nacional. A falta de correção dos dados retardou o alerta sobre o risco de desabastecimento, reduzindo o tempo hábil para reverter a crise.

“A situação é crítica, mas o nível dos reservatórios ainda é melhor do que em 2000”, pondera o professor Luiz Pinguelli Rosa, do programa de planejamento energético da Coppe/UFRJ, que foi presidente da Eletrobrás no início do governo Lula.

Para evitar surpresas, a Aneel determinou ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) uma revisão - considerando a falta de gás - da curva de aversão a risco, instrumento que determina a adoção de medidas emergenciais. A idéia é calcular com quanta energia das térmicas o País pode contar. Já a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) foi chamada para calcular o impacto dessa mudança no custo da energia. Procuradas pelo Estado, as duas empresas, responsáveis, respectivamente, pela operação e pela comercialização da energia, se negaram a comentar o assunto.

Simulação feita pelo mercado aponta que, considerando apenas mil megawatts (MW) de térmicas a gás - volume efetivamente gerado pelas térmicas em setembro, quando foi solicitada pelo ONS a produção de 5,3 mil MW -, o nível dos reservatórios das hidrelétricas teria batido, naquele mês, o nível mínimo de segurança.

Isso porque, sem usinas a gás, o nível de segurança dos reservatórios tem de ser maior do que o atual, que está em torno dos 30%. O cálculo sem as térmicas aponta um nível mínimo entre 40% e 50% para essa época do ano. Segundo o ONS, os reservatórios da Região Sudeste estão com 45,15% de sua capacidade de armazenamento.

A oposição acusa o governo de maquiar os números sobre a energia, evitando debater o tema em período eleitoral. Para o presidente da Light, José Luiz Alqueres, porém, o risco de falta de energia é pequeno, pois há usinas a óleo que podem suprir a carência. “Faltar não vai, o problema é o preço”, diz o executivo, que prevê alta de 40% a 50% no custo da eletricidade nos próximos anos.

Números
25 % é o risco de déficit para a Região Sudeste em 2007, segundo simulação do mercado
50 % é o risco de déficit para a Região Sudeste em 2008
40 a 50 % é a previsão de alta no custo da eletricidade nos próximos anos, feita pelo presidente da Light
(Por Nicola Pamplona, O Estado de S. Paulo, 24/10/2006)
http://www.estado.com.br/editorias/2006/10/24/eco-1.93.4.20061024.15.1.xml

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