MMA promove seminário sobre oleaginosas da Amazônia
2006-10-24
Com o objetivo de aprofundar as discussões sobre a produção de biocombustíveis no país e o uso de culturas da Amazônia nesse processo, a Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA) do Ministério do Meio Ambiente promove, no próximo dia 30/10, a partir das 8h30, em Brasília, o seminário Experiências Amazônicas com Oleaginosas no Auditório da Eletronorte (Venâncio 3000, 1º sub-solo, bloco B).
De acordo com a gerente do Núcleo de Energia da SQA, Vânia Ribeiro, o modelo que o governo federal está desenvolvendo para os biocombustíveis aponta o uso do dendê como uma das culturas a serem exploradas na Amazônia. "A idéia do seminário é avaliar os modelos que já estão sendo usados e tentar compatibilizá-los com a manutenção da biodiversidade, além de procurar por outras alternativas a essa cultura, como o buriti e o babaçu", explicou.
No encontro serão apresentadas experiências desenvolvidas pelas comunidades tradicionais da Amazônia como é o caso da palestra do professor, José de Castro Correia, da Universidade Federal do Amazonas. Ele vai mostrar um estudo que trata das potencialidades das espécies amazônicas para geração de energia e renda em comunidades isoladas. Além da Universidade do Amazonas, também apresentarão estudos sobre oleaginosas a Eletronorte, a Embrapa e a Secretaria de Produção Rural do Estado do Amazonas.
Sobre biocombustíveis
O tipo mais difundido de biocombustível no Brasil é o álcool proveniente da cana-de-açúcar. Sua principal vantagem é a menor poluição que causa, em comparação aos combustíveis derivados do petróleo. Já o biodiesel, ou seja, óleo virgem derivado de algumas espécies de plantas, apresentam vantagens muito interessantes, como a possibilidade real de substituir quase todos os derivados do petróleo sem modificação nos motores, eliminando a dependência do petróleo.
Além de ser naturalmente menos poluente, o biodiesel reduz as emissões poluentes dos derivados de petróleo. As plantas mais utilizadas atualmente para produção do biodiesel são a soja, a colza, o pinhão manso, a mamona, o dendê, o girassol e a macaúba. As mais produtivas são o dendê e a macaúba, confirmando a potencialidade das palmeiras. A política brasileira prevê o incentivo à produção da mamona no Nordeste e no Bioma Caatinga como um todo; do dendê no Norte e Amazônia; e da soja no Cerrado, Sul e Sudeste.
(Por Daniela Mendes, Ministério do Meio Ambiente, 23/10/2006)
http://www.mma.gov.br/ascom/ultimas/index.cfm?id=2871