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2006-10-24
A unidade do Corpo de Bombeiros desta cidade atende a 16 municípios da região. O contingente é formado por 21 bombeiros, 18 praças e três oficiais, sob o comando do major Roberto Jorge Vasconcelos Filho. Além da prevenção e combate a incêndios, esta unidade realiza o trabalho social com jovens e idosos. A maioria das ocorrências é concentrada nesta cidade. São cerca de 150 atendimentos por mês. O major Vasconcelos esclarece que nos municípios da área de jurisdição do Crato as ocorrências são geralmente afogamentos e buscas. A maior preocupação é com os incêndios reflorestais que, neste época do ano, acontecem na Área de Proteção Ambiental.

Para a Floresta Nacional do Araripe, foram criados dois grupos de combate a incêndios: os brigadistas, mantidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e o Batalhão Florestal da Polícia Militar. No caso dos brigadistas, treinados e contratados pela Ibama, eles realizam trabalho preventivo e de combate ao fogo. Cada um dos 21 brigadistas ganha R$ 480,00 por mês. Este ano, não foi registrado nenhum foco de incêndio na Floresta.

Além de prevenção e combate a incêndios, os bombeiros realizam um trabalho social com a comunidade. A preocupação com os valores humanos e o desenvolvimento de uma educação com forte sentimento de cidadania, fez com que o Corpo de Bombeiros estendesse suas atividades para adolescentes e idosos. A unidade do Crato atende a 40 adolescentes, na faixa etária de 16 a 18 anos. Estes jovens são preparados para a vida em sociedade, despertando neles a disposição natural de ajudar a comunidade. Cada um recebe fardamento e uma bolsa no valor de um terço do salário mínimo, com a obrigação de continuar freqüentando a escola.

"Aqui, o adolescente aprende o valor da cidadania, o que será uma base sólida para desempenhar no futuro o seu papel na sociedade. Este sentimento de respeito ao próximo é o ponto de partida", segundo o comandante Vasconcelos. "Por meio do respeito é que o jovem entende o quanto é importante este trabalho. Resgatar ou salvar uma vida é algo de muita responsabilidade, mas que exige um bom caráter de quem o atende", reitera o comandante, que se diz particularmente satisfeito quando acompanha um dos treinamentos com os brigadistas.

Para a comunidade, o trabalho dos brigadistas juvenis assume grande importância, na medida em que garante para o futuro um grupo de pessoas conscientes na restauração e cuidados nas horas de emergências. Além disso, desperta desde cedo a responsabilidade pelo social.

Outro trabalho social é realizado junto aos idosos. Ao todo 400 idosos participam de atividades recreativas e aulas práticas de combate a incêndios domésticos.

Uma forma também de interação social, justifica o capitão Leoni, sub-comandante do Crato.

Número de ocorrências já chegou a 565 este ano
Nesta época do ano, a pastagem seca e o sol escaldante são os ingredientes necessários para a propagação de incêndios na caatinga. Às vezes, a combustão natural ou uma fagulha são o suficiente para que o fogo se alastre. Noutras, o próprio homem tem sido o responsável. Ao tratar a terra para plantio na quadra invernosa a surgir, utiliza um antigo método, a queimada. São nos meses de setembro a dezembro que o Corpo de Bombeiros recebe o maior número de ocorrências de incêndios em vegetação. Para se ter uma idéia, de acordo com dados do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), em 2006, até agora, foram verificadas 565 ocorrências. Destas, setembro apresenta o maior número, 158, enquanto abril teve duas. A preocupação aumenta se pensar que, em algumas localidades não existe unidade operacional do Corpo de Bombeiros, como no Sertão Central.

Segundo o assessor de comunicação do Corpo de Bombeiros do Ceará, Major Melo, a acentuação maior de princípios de incêndios acontece, principalmente, em cidades do Interior. Major Melo ainda comentou que estes números de ocorrências são os que chegam ao Ciops. "Entretanto, algumas vezes, uma unidade atende a um incêndio, mas não comunica ao Centro". Por esse motivo, o número pode ser ainda maior.

De acordo com ele, o "fogo no mato", como são conhecidos estes incêncidos em vegetação ocorrem devido ao grande aquecimento. Outro motivo, ressalta ele, "é devido ao preparo do terreno e do solo. Os agricultores queimam o mato e isso contribui".

Quando surgem enormes labaredas, às margens das rodovias ou mata adentro, muitos olham admirados. Na maioria das vezes os incêndios atingem somente áreas de pasto, em propriedades rurais, sítios e fazendas. Os prejuízos costumam ser materiais. Mas quando o fogo se aproxima de áreas povoadas, os moradores ficam aflitos. Não sabem o que fazer, a quem recorrer. O desespero toma conta de todos. Nas áreas urbanizadas os estragos são maiores. Ocorrem perdas humanas.

Na semana passada, em Quixadá, por pouco uma casa não foi incendiada. O episódio ocorreu no bairro da Baviera. As chamas atingiram vasta mata seca, vizinha ao imóvel. Os vizinhos disseram que o fogo atingiu 10 metros de altura. Encontraram alguns pequenos animais mortos.

Segundo a polícia, na última década foram registrados dois incêndios, trágicos, em Quixadá. O primeiro, faz nove anos. Um homem morreu após seu buggy colidir contra uma bomba de combustíveis. O posto ficou parcialmente destruído. O outro ocorreu em janeiro deste ano. Uma criança chegou a ser retirada das chamas por populares. Não resistiu às queimaduras. As tragédias ocorreram bem próximas, no bairro da Rodoviária. Nos dois casos não houve nenhuma ação de profissionais especializados, bombeiros.

É bom saber que os bombeiros não estão sozinhos no combate aos incêndios. Ao seu lado existem as chamadas brigadas, formadas por civis. "São grupos de civis que se reunem, por exemplo, dentro de uma empresa. Eles recebem treinamento de um assessor técnico".

Este assessor, conforme informou Major Melo, recebe capacitação, anteriormente, pelo Corpo de Bombeiros para poder repassar os ensinamentos. "As pessoas interessadas no assunto procuram os bombeiros e recebem a formação. O curso é realizado aqui em fortaleza, mas contempla todo o Estado. Quem quiser faz o curso aqui e repassa em sua cidade", informou.
(Diário do Nordeste – CE, 23/10/2006)
http://diariodonordeste.globo.com/

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