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2006-10-23
Sem fazer muito alarde, a Casa Civil já recebeu a versão final de um amplo estudo com as possibilidades de ampliação do programa nuclear brasileiro. O assunto deve ser levado à próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) prevista para uma semana depois das eleições.

O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Odair Dias Gonçalves, define o plano como um "ataque" à produção de energia. O documento na Casa Civil foi coordenado pela Cnem, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, Eletronuclear, e por instituições ligadas aos ministérios de Minas e Energia, Defesa e Relações Exteriores, com base em estudos do Centro Técnico da Marinha, Indústrias Nucleares Brasileiras (INB) e Nuclep, entre outros.

Segundo Gonçalves, a proposta é construir no máximo até 2025 mais sete reatores nucleares, incluindo a usina nuclear Angra 3. Com potência instalada de 1.300 megawatts (MW), ao lado das gêmeas Angra 1 e Angra 2, Angra 3 também seria instalada em Angra dos Reis, litoral sul do Rio. O investimento nessa usina é orçado em US$ 1,8 bilhão. À partir dela, começariam os estudos para definir a tecnologia das outras plantas.

"Angra 3 é paradigmática, é um ponto de inflexão. Com ela se resolve algumas questões simbólicas e a partir do momento em decidirmos por essa usina, temos que começar a discutir as outras, que ainda precisam ser estudadas", explicou o presidente da Cnen. Além dessa usina, cujos equipamentos já foram comprados, o estudo feito pela área nuclear propõe a construção de duas usinas de grande porte iguais a Angra 3 e mais quatro plantas com reatores menores, com potência de 300 a 600 MW.

O objetivo é chegar a 2023 ou 2025 com participação de 5,6% da energia nuclear na matriz energética brasileira, contra os atuais 2,5%. À exceção de Angra 3, Gonçalves disse que o local das novas plantas ainda não foi decidido, mas tudo indica que pelo menos uma planta deve ficar no Nordeste. "O Nordeste não tem mais alternativa hidrelétrica e é um grande centro consumidor. E o rio São Francisco é favorável devido à necessidade de resfriamento do reator. Mas não há recomendação explícita no relatório", explicou.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, declarou, em março, em entrevista à "BBC Brasil", que vê necessidade da instalação de duas, e não apenas uma usina nuclear no Nordeste e citou a possibilidade delas serem instaladas na margem do São Francisco.

O presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Edson Kuramoto, explicou que a construção de Angra 3 viabiliza o enriquecimento de urânio no Brasil. Segundo ele, a estimativa da INB é que seriam necessários R$ 850 milhões para tornar viável o enriquecimento do urânio no Brasil para as três usinas. Hoje o urânio enriquecido usado como combustível nas plantas nucleares é produzido na Holanda. Isso porque não há consumo em escala que justifique o processamento no Brasil, apesar das grandes reservas existentes no país, que também já domina a tecnologia.

O coordenador de comunicação da Aben, Guilherme Camargo, ressalta ainda um aspecto. Segundo ele, a fábrica da INB em Resende (RJ) foi projetada para três usinas de grande porte e hoje trabalha com ociosidade de 40%.

O secretário de Energia do Rio, Wagner Victer, que representa os estados no CNPE, acha que não é possível discutir outras nucleares sem tomar a decisão de construir Angra 3. O secretário disse que considera "um caso psiquiátrico" o fato da usina constar no Plano Decenal do governo federal para suprimento da demanda de energia até 2015 sem que sua construção tenha sido aprovada pelo CNPE.
(Por Cláudia Schüffner, Valor Econômico, 23/10/2006)

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