Ministério Público analisa se substâncias químicas jogadas no Rio dos Sinos prejudicam a saúde humana
2006-10-23
Após a divulgação dos nomes de três das seis empresas cuja conduta resultou no desastre ambiental no Rio dos Sinos, o
Ministério Público (MP) iniciou na sexta-feira (20/10) uma nova fase de investigações. Em reunião com órgãos ambientais, a
coordenadora do Centro de Apoio ao Meio Ambiente do MP, promotora Sílvia Capelli, solicitou informações de análises e
autos de infração para chegar à materialidade das provas que poderão comprovar a autoria do crime ambiental.
Visando ampliar os elementos que compõem o inquérito civil aberto em Estância Velha, o MP pediu o resultado das análises dos
peixes mortos coletados pela Cientec. "A intenção é identificar as substâncias químicas presentes nos peixes e verificar se
elas teriam condições de provocar danos à saúde humana", informou a promotora. Segundo ela, a Lei dos Crimes Ambientais
agrava a pena dos responsáveis quando é confirmada a possibilidade de causar problemas à população.
O MP requisitou as análises da qualidade da água realizadas pela Corsan no trecho entre Sapucaia do Sul e São Leopoldo, além
dos autos de infração emitidos pela Fepam. O órgão também pediu cópia do relatório do inquérito instaurado em Sapucaia do
Sul pelo delegado Leonel Pires. Participaram da reunião o secretário estadual do Meio Ambiente, Cláudio Dilda, o diretor
técnico da Fepam, Jackson Müller, o subprocurador para Assuntos Institucionais do MP, Mauro Renner, e promotores de Justiça.
(Correio do Povo, 21/10/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp