A reunião plenária do Comitê do Rio dos Sinos (Comitesinos), ontem, entre técnicos, ambientalistas e representantes de governos, foi além da divulgação de nomes de empresas autuadas pela Fepam pelo desastre no manancial. Houve análise de ações conjuntas a serem adotadas para evitar poluição, perda da vida aquática e da qualidade da água que abastece a região Metropolitana e o Vale do Sinos.

Os discursos das autoridades tiveram pontos comuns, principalmente quanto a se intensificar as ações de fiscalização e buscar soluções e recursos de forma conjunta.

O Comando Ambiental da Brigada Militar relatou o trabalho de fiscalização diária também no rio Gravataí, onde a água apresenta nível elevado de turbidez. A causa apontada é o manejo inadequado das lavouras de arroz pré-germinado, fazendo com que retorne ao rio a água com lodo e sem tratamento adequado. No município de Ajuricaba, em três açudes particulares da Linha 16 Norte, também foi registrada a morte de cerca de 1 tonelada de peixes. De acordo com o capitão Rodrigo, do Comando Ambiental, equipes estão se deslocando para o local hoje a fim de detectarem as causas.

O rio dos Sinos representa a situação mais grave no momento e levou o secretário estadual do Meio Ambiente, Cláudio Dilda, a afirmar que "o RS não será o mesmo depois desse episódio" e lembrar a Maré Vermelha, que chocou a população no final da década de 70.
(Correio do Povo, 20/10/2006)
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