O Ministério de Minas e Energia assinará até o final de novembro um novo acordo de viabilidade técnico-econômica do projeto da Usina Binacional de Garabi, localizada em Garruchos e que será construída em conjunto com as províncias argentinas de Misiones e Corrientes. Foi o que disse ontem o secretário adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Francisco Vojcicki, no Seminário de Avaliação e Perspectivas do Potencial Energético do RS, promovido pela Secretaria de Energia, Minas e Comunicações e pela Fiergs. O novo acordo fará um reinventário ambiental do rio Uruguai. "A partir da factibilidade do projeto é que ele será incluído no plano energético nacional", enfatizou Wojcicki. Ele lembrou que as discussões sobre Garabi têm mais de dez anos e que os atuais estudos estão defasados e, por isso, exigem este novo convênio. "A Argentina e o Brasil mudaram nesse tempo e há questões ambientais fortes em discussão. Esperamos, porém, concluir positivamente os novos estudos", afirmou o representante do ministério.

Garabi prevê um sistema de até três aproveitamentos hidrelétricos no rio Uruguai, na altura do município de Garruchos. Segundo o secretário estadual de Energia, José Carlos Elmer Brack, o investimento previsto é de 2 bilhões de dólares, para geração de 1,8 mil MW, podendo atingir até 3 mil MW.

O projeto binacional criará mais de 10 mil empregos na fase de construção, além de representar a garantia de energia para o desenvolvimento do Estado e das províncias argentinas vizinhas. Também significará um ingresso anual estimado em R$ 50 milhões para os cofres públicos, por meio de impostos.
(Correio do Povo, 20/10/2006)
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