NOVO ESTUDO QUESTIONA A CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA POR MTBE
2001-10-17
Um novo relatório (Impacto do MTBE para a Qualidade da Água: uma Atualização do Estudo da Universidade da California), está questionando o potencial de o MTBE de contaminar a água, segundo estudos realizados em 1997 e 1998 pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Segundo o novo relatório, da empresa de engenharia Malcolm Pirnie, o que os pesquisadores haviam apontado anteriormente é que a presença do MTBE nos depósitos de água subterrânea poderia ser extrapolada em relação aos limites legais até 2012, superando em muito os níveis de 1997 e 1998. Eles também haviam afirmado que o MTBE não seria degradável ao longo do tempo nesses depósitos e que não havia, até então (1998), tecnologia para remediar áreas contaminadas por MTBE. Além disso, a contaminação por este composto continuaria devido ao uso de veículos movidos a motor a gasolina para trafegar sobre a água. Este recente estudo, no entanto - patrocinado pelo Instituto Metanol, associação industrial para a qual a produção do MTBE é o maior mercado - sugere que a taxa de contaminação não crescerá tão rapidamente quanto previam os pesquisadores da Universidade da Califórnia. De acordo com a pesquisa anterior,o número de poços contaminados havia crescido rapidamente em 1998, passando de 60 para 340. Mas, de acordo com o atual levantamento, desde então esse número tem decrescido, e os testes mostram que menos poços agora estão contaminados. As novas projeções indicam que apenas 16 estão em más condições, contra a previsão anterior, de 60. A indústria do metanol, porém, está aguardando parecer do governo do Estado da Califórnia, que introduziu regras para banir o uso do composto com base nos estudos dos cientistas. O presidente do Instituto Metanol, John Lynn, disse que - agora que sabemos que os impactos do MTBE para a qualidade da água são gerenciáveis, será prudente pedir aos californianos que paguem US$ 1 bilhão extras para adicionar etanol à gasolina.