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2006-10-20
A União Européia apresentou ontem um plano para melhorar a eficiência energética dos eletrodomésticos, edifícios e sistemas de transportes e de produção de eletricidade para reduzir o consumo de energia do bloco em 20% até 2020, o que representaria uma economia de 100 bilhões de euros (cerca de R$ 270 bilhões) por ano. “A eficiência energética é crucial para a Europa. Se agirmos já, o custo direto do nosso consumo de energia poderá ser reduzido e evitaremos também produzir cerca de 780 milhões de toneladas de CO² anualmente”, afirmou o comissário europeu de Energia, Andris Piebalgs.

No total, são mais de 75 medidas, que deverão ser implementadas e colocadas em prática gradativamente dentro dos próximos seis anos. O plano prevê uma legislação mais severa para o setor de eletrodomésticos e produtos eletroeletrônicos, que deverão cumprir requisitos mínimos e comprovar ter a eficiência adequada. Esse produtos seriam indicados com um adesivo de qualidade, como já acontece com alguns produtos no Brasil.

Indústrias estrangeiras também terão de se submeter a essas regras se quiserem ter acesso ao mercado europeu. Essa perspectiva, no entanto, não preocupa a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), que agrupa produtores responsáveis por 25% das exportações do setor à União Européia.

Competitividade
“Interpreto essas exigências de forma positiva”, afirmou à BBC Brasil Humberto Barbato, diretor de relações internacionais da Abinee. “Isso poderá afastar a competência desigual de outras indústrias que, diferente do Brasil, não fizeram o dever de casa e não aperfeiçoaram sua produção, como é o caso da China.” Economizando energia, a Europa contribuirá para resolver os problemas resultantes das mudanças climáticas, do consumo crescente e da sua dependência em relação aos combustíveis fósseis importados de países terceiros

Andris Piebalgs, comissário europeu de Energia
Barbato acredita que a indústria brasileira não precisará realizar novos investimentos para se adaptar a novas exigências européias. Segundo o diretor, “os principais produtos eletroeletrônicos exportados pelo Brasil já respeitam padrões de qualidade bastante altos”, referindo-se a componentes para equipamentos industriais e para telecomunicações, eletrônica embarcada, motores, geradores e refrigeradores.

No ano passado o setor eletroeletrônico brasileiro exportou para a UE o total de US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 2,3 bilhões), 14% do total de suas vendas externas. No primeiro semestre deste ano, as vendas para o bloco somaram US$ 463 milhões (cerca de R$ 990 milhões).

Na Europa, as empresas que estiverem dispostas a melhorar a eficiência de seus produtos além do exigido pela nova legislação poderão receber incentivos da UE, como redução de impostos. Um dos objetivos do Executivo do bloco em relação aos eletrodomésticos é acabar com o modo “stand-by” (modo de espera), comum em muitos equipamentos e responsável sozinho por quase 7% do consumo total de energia na região.

Meio ambiente
A União Européia também vai promover a construção de edifícios e casas denominados “passivos”: os tradicionais sistemas europeus de calefação e refrigeração são suprimidos e se valoriza o isolamento térmico das construções e o reaproveitamento do calor. “Os edifícios são responsáveis por 40% da energia consumida na Europa. Continuam desperdiçando muita energia por culpa de sistemas de aquecimento e de iluminação ineficientes”, explicou Piebalgs.

Junto com o consumo de energia, UE quer reduzir poluição
Segundo o comissário, o sistema de transporte representa 20% do consumo total de energia na União Européia e 26% das emissões de CO². Por isso, a União propõe que o valor dos impostos sobre veículos seja vinculado à quantidade de CO² que emitem. O novo plano energético ainda estabelece medidas para melhorar a produção, transmissão e distribuição de eletricidade, “que atualmente desperdiça dois terços da energia primária que necessita para gerar eletricidade”, diz o informe.

Para Piebalgs, “economizando energia, a Europa contribuirá para resolver os problemas resultantes das mudanças climáticas, do consumo crescente e da sua dependência em relação aos combustíveis fósseis importados de países terceiros”. Essas medidas podem render a cada um dos consumidores uma economia anual entre 200 e mil euros, em média, de acordo com as estimativas da União Européia. O plano será apresentado aos ministros dos 25 países membros da União Européia nesta sexta-feira, durante uma cúpula informal de chefes de Estado, na Finlândia, e precisa ser aprovado por eles antes de entrar em vigor.
(Por Márcia Bizzotto, BBC, 19/10/2006)
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/10/061019_europa_energia_dg.shtml

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