Porto Alegre, no entanto, como outras cidades brasileiras, usa cloro e sais de ferro e de alumínio (sulfatos) em certas etapas do tratamento da água. Essas substâncias, conforme alguns técnicos, são empregadas para facilitar a precipitação de materiais (sólidos suspensos) na fase mecânica do tratamento. Segundo eles, os sulfatos são eliminados completamente em estágios subsequentes e não trazem prejuízos à saúde quando utilizados com essa finalidade. No entanto, Berlim, assim como todas as cidades alemãs, não usam mais esses sais porque estudos realizados por autoridades ligadas a área ambiental e de saúde pública demonstraram que eles causam males à saúde. A planta da BWB, localizada em Ruhleben, ao Norte da cidade, perto do aeroporto de Tegel, tem 29 hectares. Além de banir o uso dos sais de alumínio e ferro do tratamento, os responsáveis por essa unidade investiram em tecnologias que possibilitam reduzir a níveis mínimos as concentrações de fósforo e nitrogênio no tratamento de esgotos. - De 1987 a 1993, nós investimos 383 milhões de marcos para melhorar a nossa planta e neste valor estão incluídos investimentos para diminuição dos níveis de fósforo e nitrogênio, informa Niemann. Ela explica que os excrementos humanos são a maior fonte desses elementos, além de detergentes e sabões. - Ambos, o fósforo e o nitrogênio, fazem com que microorganismos como algas se reproduzam em níveis muito altos, e esse fenômeno prejudica a efetividade da planta de tratamento, diz.