Cachoeira do Sul será uma das 40 cidades do Rio Grande do Sul que futuramente irão monitorar a qualidade do ar. O serviço será feito através de um programa do Ministério da Saúde. A vigilância em saúde ambiental relacionada à contaminação do ar, o chamado VigiAr, ainda está sendo planejada. O projeto CTSul, que planeja construir duas usinas termelétricas a carvão em Cachoeira do Sul, foi determinante para que a cidade fosse escolhida para ter uma estação de monitoramento do ar.

A implantação do programa VigiAr deverá acontecer no ano que vem, ainda sem data definida. Segundo a coordenadora do Departamento de Vigilância Ambiental (DVA) da Prefeitura, Angela Magela de Quadros Cruz, o trabalho será feito a partir de parcerias entre o Município, Estado e União. “O que precisa ser feito é identificar a qualidade do ar antes da instalação das usinas. Com isso, teremos dados para comparar o ar após o início do funcionamento destes empreendimentos”, explica Angela.

LANÇAMENTO - O VigiAr foi lançado oficialmente pelo Ministério da Saúde durante evento na cidade de Canela, no mês passado. Não há agendada uma nova reunião para tratar do assunto. Mapas com a hidrografia e relevo da região central do estado, assim como identificação dos pontos de emissão de poluentes e unidades de atendimento de saúde, estão sendo elaborados para orientar a forma de operação do programa. Atualmente, a estação de monitoramento de ar mais próxima de Cachoeira do Sul está na cidade de Santa Maria, onde uma unidade móvel da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) faz o monitoramento da qualidade do ar.

O presidente da Celetro, José Benemído Almeida, já havia revelado, há quase um ano, que o projeto CTSul, do qual a Celetro é sócia, teria que investir valores significativos para montar uma unidade de monitoramento do ar em Cachoeira. Os valores necessários para este tipo de laboratório ainda não foram contabilizados.
(Jornal do Povo, 19/10/2006)
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