A Brigada Militar identificou três lavouras de arroz que estão despejando água barrenta no Rio Gravataí.
O patrulhamento da área começou ontem (18/10) e deve continuar nos próximos dias. As manchas
de barro dificultam o tratamento da água captada pela Corsan no rio.
Segundo o comandante do policiamento ambiental da Região Metropolitana, capitão Rodrigo dos
Santos, hoje (19/10) os responsáveis devem ser identificados. Os produtores serão notificados.
- Estamos tentando remediar a situação. Se constatarmos que não há solução, encaminharemos
relatório ao Ministério Público. A prática pode ser qualificada como crime ambiental - afirma
Santos.
A questão também foi discutida ontem no Instituto Riograndense do Arroz (Irga), que orientará
os agricultores a não poluir. O presidente do órgão, Maurício Fischer, afirma que o despejo de
água turva no rio é fruto de manejo inadequado em cerca de 2 mil hectares de lavouras de 20
arrozeiros da região.
- Para não poluir os rios e ainda reduzir as perdas de nutrientes na lavoura, são necessários
alguns cuidados simples - afirma.
As orientações do Irga
> Não drenar a terra imediatamente após o trabalho na preparação da lavoura. O ideal é esperar
no mínimo três dias para os sólidos sedimentarem e a água ser escoada para o rio limpa.
> Reforçar as taipas no entorno da lavoura, evitando que haja rompimentos.
> Optar pelo plantio dentro da água mesmo, sem a necessidade de drenagem. O procedimento é
simples, eficiente e muito semelhante ao método convencional.
(
Zero
Hora, 19/10/2006)