Autoridades garantem que água do Rio Caí não está contaminada
2006-10-18
A freqüência de casos envolvendo mal-estar estomacal chamou a atenção da
comunidade, que culpou a qualidade da água em Montenegro pelas ocorrências.
A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) afastou essa hipótese e
médicos acreditam que o fato esteja ligado à epidemia de Rotavírus que
assola o Estado.
Uma das desconfianças levantadas foi de alto índice de coliformes fecais
nas águas do Rio Caí. Técnicos da Corsan no município afastaram essa
possibilidade. No último levantamento das equipes, na sexta-feira, dia 13,
o Índice Colimétrico era cerca de 3.000 coliformes fecais por 100
mililitros de água bruta (sem tratamento). Há um mês, esse resultado era
maior, cerca de 50.000 unidades por 100 ml. Na água tratada, testada duas
vezes por semana, o índice é zero.
Segundo os técnicos da Companhia, uma contaminação pode acontecer caso haja
o consumo de água não tratada, direto do rio ou de poços. Eles acreditam
que os casos registrados em Montene-gro, caracterizados pelo desarranjo
estomacal, estão relacionados com uma onda que assola todo o Rio Grande do
Sul.
O clinico geral Jorge Trentin, não afasta ligação com a incidência do
Rotavírus no território gaúcho. No entanto, ele garante que não há um
registro elevado de casos dessa natureza na cidade, o que não caracteriza
uma epidemia. Trentin disse que, ontem, de cerca de 40 pacientes que
atendeu, apenas dois apresentavam quadro de diarréia. Ele revelou que, há
cerca de duas semanas, os casos desta natureza eram mais freqüentes. O
médico também não acredita em uma contaminação da água.
A fiscal sanitária Beatriz Garcia reiterou que não existe elevação no
registro de casos semelhantes aos provocados pelo Rotavírus no cidade.
"Podemos garantir que, neste ano, não houve casos deste tipo", disse.
(Por Reinaldo Ew, Jornal Ibiá, 17/10/2006)
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